Chester - uma das mais belas cidades da Inglaterra

A encantadora Chester atrai visitantes com sua arquitetura românica, seus pubs centenários, suas agitadas ruas de compras e corridas de cavalos. A cidade é cortada pelo rio Dee e foi fundada como um forte romano no ano 79 d.C. e é uma das cidades muradas mais bem preservadas da Grã-Bretanha. O local já foi o maior povoado romano da Grã-Bretanha.

O lugar foi declarado patrimônio histórico. As muralhas começaram a ser construídas ainda pelos romanos e ampliadas e fortalecidas pelos saxões, devido às ameaças dos Vikings.

A lógica dos quatro portões da cidade murada segue o plano inicial das construções romanas e ainda é possível encontrar, no subsolo de Chester, parte desse passado.

Chester foi uma das últimas cidades da Inglaterra a cair sob o domínio saxão e depois normando após a invasão em 1066. O rei William, o Conquistador, ordenou que fosse construído um castelo para garantir a segurança da fronteira galesa, próxima da cidade. Fizeram também igrejas.

Rua principal

Já os prédios de madeira no centro, o parque da cidade e outras pontes e edifícios foram construídos no final do século 19, a mando do Duque de Westminster, que era dono de boa parte das terras de Chester.  “Grosvenor” é o nome da família do duque e, por isso, diversos lugares da cidade levam esse nome, tais como: Ponte Grosvenor, Grosvenor Hotel e Grosvenor Park. Grande parte da arquitetura de Chester data da era vitoriana e muitos dos edifícios foram modelados no estilo enxaimel jacobino, brancos e pretos, encomendados pelo duque.

E são os prédios em preto e branco do período vitoriano, estilo enxaimel, que fazem a cidade parecer saída de um conto de fadas.

Chester, que fica bem próxima de Liverpool, na fronteira com o País de Gales, é sim uma cidade bastante conhecida, mas entre os ingleses. Já chegou até a figurar em listas de “as mais bonitas da Europa”.

Como o centro histórico é relativamente pequeno, é possível fazer tudo a pé. Visitar Chester em apenas um dia, no esquema bate-volta, é perfeitamente possível: saindo de Liverpool, leva 40 minutos de metrô. De Manchester é uma hora de trem, numa rota cênica. E de Londres o trajeto leva duas horas.

Roteiro de um dia em Chester

1) EASTGATE WATCH: fica na Foregate St. Esse portão marca a principal entrada para a cidade murada. O portão original era guardado por uma torre de madeira que foi substituída por uma torre de pedra no século II, e que foi novamente substituída no século XIV. 

O atual portão data de 1768 e consiste em uma estrutura de três arcos de arenito que leva a uma passarela que faz parte das muralhas da cidade. Em 1899, um relógio foi acrescentado ao topo do portal para celebrar o Jubileu de Diamante da Rainha Victoria dois anos antes. Esse relógio passou a ser conhecido como Eastgate Clock e se tornou um dos ícones da cidade, já que é considerado o relógio mais fotografado da Inglaterra depois do Big Ben.

Endereço: 41-45 Eastgate St, Chester CH1 1LE, Inglaterra

2) CATEDRAL : é uma das principais e mais interessantes atrações da cidade.  Ela foi construída em 1093 sobre um antigo mosteiro beneditino, dedicado à Santa Werburgh, uma antiga princesa anglo-saxã. A Catedral possui uma mistura de estilos arquitetônicos (normando, gótico inglês, gótico perpendicular e Tudor), já que foi modificada diversas vezes. A igreja foi amplamente reformada durante o século XIX e a torre do sino foi adicionada no século XX. 

A igreja é belíssima, rica em detalhes, com lindos vitrais coloridos e uma série de adornos. Um dos destaques da igreja é a área dos claustros e o jardim interno onde está a belíssima estátua “The Water of Life”, de Stephen Broadbent. Além de realizar cultos religiosos, a catedral também é usada como local de concertos e exposições.

Endereço: St Werburgh St, Chester CH1 2DY, Inglaterra

Horários: de segunda a sábado de 9h às 18h / domingo de 13h as 16h

Entrada: gratuita

3) The Cheese Shop: fica próximo a Catedral e é uma loja que armazena mais de 200 variedades de queijo, incluindo o icônico Cheshire.

4) TOWN HALL: fica na mesma praça da Catedral e é gratuita. Foi construída em 1869. Ali é onde, todos os anos, ocorre a feira de natal.

5) STORYHOUSE: Aberto em maio de 2017 e inaugurado formalmente em junho de 2018 pela Rainha e pela Duquesa de Sussex, a Storyhouse é um amplo centro multiartes que incorpora uma biblioteca, teatro e cinema. É um dos edifícios culturais mais bem-sucedidos do país, recebendo um milhão de visitantes em seu primeiro ano – é o lugar perfeito para passar sua primeira noite em Chester. Durante os meses de verão, procure sessões de cinema ao luar e eventos de teatro ao ar livre em Grosvenor Park, administrados pela equipe do Storyhouse.

6) CHESTER CROSS: uma cruz histórica, do período medieval, que fica no cruzamento de três ruas: Watergate Street, Eastgate Street e Bridge Street.

A principal atração ali é a confluência de todas as construções lindíssimas ali.  Esse também um bom lugar para observar os famosos Chester Rows, que são as passagens de madeira nas lojas das principais ruas da cidade, construídos dessa forma desde o período medieval. São como galerias com lojas sobrepostas, chamadas “rows”, que são extraordinárias para compras. Esses espaços abrigam também restaurantes e bares.

7) BRIDGE ST: onde há várias opções de restaurantes e cafés. Para quem quer comida boa, barata e muito gostosa.

8) MURALHAS: à beira do Rio Dee. As muralhas circundam os limites da cidade medieval e constituem as mais completas muralhas de uma cidade na Grã-Bretanha, com o circuito completo medindo quase 3 km de extensão. É possível caminhar sobre as muralhas e passar por antigos portões medievais (Eastgate, Northgate, St Martin’s Gate, Watergate, Bridgegate, Newgate, e Wolf Gate), e por uma série de estruturas, tais como a Phoenix Tower (também conhecida como Torre de Charles), a Goblin Tower, Northgate e a Bonewaldesthorne’s Tower que leva até a Water Tower, e a Thimbleby’s Tower.

Vai passar pela pista de corrida de cavalos, que está ali desde o século 16. Eventualmente, a caminhada pelas muralhas cruzará com a catedral e passará pelo alto do Eastgate.

9) CASTELO DE CHESTER: Hoje o castelo é uma mistura entre construções antigas e novas.

O antigo Castelo de Chester fica em uma das extremidades das antigas muralhas medievais, próximo ao rio Dee. No complexo do castelo, há as partes remanescentes do castelo medieval, juntamente com os edifícios neoclássicos, construídos entre 1788 e 1813. Partes dos edifícios neoclássicos são agora usadas como tribunais e como um museu militar.

Abriga a Agricola Tower, do século XII, a primeira porta de entrada de pedra do castelo, fundada por Guilherme, o Conquistador, em 1070, na parte sudoeste da cidade. Aberto durante os meses de verão, o castelo permite aproveitar a vista panorâmica da cidade a partir da torre.

Endereço: Grosvenor St, Chester CH1 2DN, Inglaterra

Abre: abril-outubro : terça-feira e 3ª sexta-feira/mês - somente tours

Entrada: £7

10) JARDINS ROMANOS: são jardins onde também ficam ruínas romanas achadas em escavações na cidade. De lá até o Anfiteatro são poucos metros. Não espere encontrar nada como o coliseu. Na verdade, pouco restou da construção em si, mas dá para ver o espaço de todos os ângulos e tentar imaginar como era.

Mas para homenagear o passado de colonização romana da cidade, foi criado um belo jardim construído em estilo romano. Construído em 1949, ele fica fora das muralhas da cidade e vai desde Pepper Street até o rio Dee. O projeto foi feito para exibir fragmentos de construção da fortaleza legionária romana de Deva, incluindo peças de alguns dos edifícios militares mais importantes, os principais banhos e a sede legionária e artefatos gerais encontrados em toda a cidade. A maioria dos fragmentos de construções romanas foi desenterrada no final do século XIX, durante as escavações em Chester.

Endereço: Pepper St, Chester CH1 1DQ, Inglaterra

Horários: diariamente de 9h às 18h

Entrada: gratuita

11) ANFITEATRO ROMANO: era o maior da Grã-Bretanha. Ele foi construído no século I d.C. e era usado para entretenimento e treinamento militar. O anfiteatro ficava do lado de fora das muralhas romanas e provavelmente era usado tanto para entretenimento quanto para a prática de manobras de tropas e treinamento de armas.

Na verdade, houve dois anfiteatros construídos em pedra no local. O primeiro incluía o acesso aos degraus superiores dos assentos através das escadas na parede dos fundos, como em Pompeia, e tinha um pequeno santuário ao lado da entrada norte. O segundo forneceu acesso pelas escadas abobadadas. Os dois edifícios diferiam uns dos outros e de todos os outros anfiteatros britânicos, sublinhando a importância da Chester Romana.

Vale a pena ver o anfiteatro de cima das muralhas!

Endereço: Little St John St, Chester CH1 1RE, Inglaterra

Horários: durante o horário com luz solar

Entrada: gratuita

12) GROSVENOR PARK: Ao lado do anfiteatro ficam as ruínas da igreja de St. John e o Grosvenor Park.

Grosvenor Park é um parque público de 20 acres considerado um dos melhores e mais completos exemplos de parques vitorianos no noroeste da Inglaterra. A terra, que antigamente consistia em campos, foi dada à cidade por Richard Grosvenor, 2º Marquês de Westminster. O parque conta com a presença de canteiros de flores ornamentais, pastagens, árvores e trilhas. Uma série de eventos culturais e hortícolas, incluindo eventos no Summer Music Festival, são realizados no parque. Um dos destaques do Grosvenor Park é uma ferrovia em miniatura, construída em 1996 para comemorar o centenário da Ferrovia do Duque de Westminster.

Endereço: 9 The Groves, Chester CH1 1SD, Inglaterra

Horários: diariamente de 7h às 17h

Entrada: gratuita

13) GROSVENOR MUSEUM: Fundado em 1886, é um museu de história natural e arqueologia. Ele leva o nome da família dos duques de Westminster, grandes proprietários de terras no condado onde a cidade se localiza. Seu acervo inclui itens arqueológicos do período romano, pinturas, instrumentos musicais e uma sala montada para refletir o período vitoriano.

Endereço: 27 Grosvenor St, Chester CH1 2DD, Inglaterra

Horários: de segunda a sábado de 10h30 às 17h / domingo de 13h às 16h

Entrada: gratuita | £1 permissão para fotografar

14) PONTES QUEEN PARK E OLD DREE: na beira do Rio, entre essas pontes, tem um calçadão bastante agradável, com uma vista bonita. Em dias de tempo bom, é possível fazer um passeio de barco por ali.

A Ponte Old Dee é a mais antiga da cidade. Uma ponte neste local foi construída pela primeira vez na era romana e provavelmente tinha pilares de pedra que transportavam uma faixa de rodagem de madeira. A ponte atual foi em grande parte o resultado de uma grande reconstrução em 1387. Ela foi construída em arenito vermelho, possui 7 arcos, todos com dimensões diferentes umas das outras. Uma torre foi construída na ponte entre 1399 e 1407, como parte das defesas da cidade, sendo demolida em 1781.

15 ) IGREJA DE SÃO JOÃO BATISTA: A Igreja de São João Batista foi fundada em 689 d.C. Durante a Idade Média, ela foi uma catedral. Construída em arenito, ela fica localizada fora das muralhas da cidade e é considerada o melhor exemplo da arquitetura da igreja do século XII a XII em Cheshire. Na parte de fora da igreja, existem ruínas de antigas capelas.

Endereço: Vicar’s Ln, Chester CH1 1SN, Inglaterra

Horários: diariamente de 10h às 16h

Entrada: gratuita

16) IGREJA DE SANTA VERBURGA (ST WERBURGH): Esta é uma igreja católica romana dedicada à Santa Verburga. A atual igreja foi construída entre 1873 e 1875 e foi projetada para ter um grande campanário, mas isso nunca foi construído. Ela foi erguida em arenito amarelo e possui telhados de ardósia cinza. O estilo arquitetônico é gótico francês com janelas com lancetas. Dentro da igreja, as arcadas são carregadas em pilares redondos e octogonais alternados. Há também um grande púlpito datado de 1895.

Endereço: Grosvenor Park Rd, Chester CH1 1QJ, Inglaterra

Entrada: gratuita

ARREDORES

1) Outlet Chester Oaks, que é o maior do Reino Unido e tem preços muito bons. Para chegar lá, é só pegar os mesmos ônibus 1 e X8 . É o maior outlet de marcas de design do Reino Unido, a apenas 16 quilômetros do centro da cidade.

2) THE LION SALT WORKS: Saindo da cidade, é uma salina histórica aberta ao público, onde você conhecerá o curioso impacto do sal nas pessoas, na economia e na paisagem da região central de Cheshire.

3) Castelo Caernafon: Castelo lindíssimo, onde foi a coroação do Príncipe Charles como Príncipe de Wales (País de Gales). Aliás, o Príncipe de Charles é o Duque de Chester.

4) HOLYHEAD Situada no País de Gales, é um local muito conhecido por seu farol e também pela Igreja mais famosa da cidade, a St. Cybi’s Church Holyhead.

5) Ice Cream Farm em Tattenhall : uma espécie de Parque Temático, extremamente colorido, muito interessante para quem viaja com crianças. “O Maior Salão Exclusivo para Sorvetes do Mundo” oferece todos os sabores premiados de sorvete. Não à toa, The Ice Cream Farm entrou no rol das 20 principais atrações turísticas da Grã-Bretanha em 2017.

6) Hawarden Estate Farm Shop: lojinha de iguarias locais, incluindo a geleia premiada da Pant Glas Bach Preserves e outras iguarias.

Onde ficar em Chester: dicas de hospedagem

The Pied Bull, um hotel e restaurante que produz sua própria cerveja artesanal. A nota dos hóspedes é 8,7 (Fabuloso) e as diárias ficam a partir de 60 libras.

YORK - a cidade viking da Inglaterra

Breve História

York foi fundada pelos romanos em 71 d.C. e era a capital da Britânia Inferior no tempo de imperadores como Adriano e Constantino, que, inclusive, foi coroado na cidade. Os Romanos não só fundaram York, como nos três séculos seguintes a transformaram em um centro de grande importância mundial. Durante este período, o Imperador Romano Constâncio Cloro faleceu na cidade, quando seu filho o Imperador Romano Constantino – O Grande – assumiu o poder (tem até uma estátua dele nas imediações da York Minster).

Com a queda do império, vieram as invasões bárbaras. York, por volta de 866, tornou-se uma cidade viking e a dominação dinamarquesa/norueguesa durou quase 200 anos. Nesse tempo, o nome da cidade era Jorkvic (o J pronuncia com som de I). Os Vikings que a tomaram depois fizeram que a cidade se tornasse um importante porto fluvial, devido às extensas rotas de comércio Viking do norte da Europa.

Os vikings permaneceram governando York e o resto da Inglaterra em sete reinos, que acabaram se unificando. Isso até o século 10, quando ocorreu a invasão normanda, por Guilherme I.

Durante a invasão normanda, York teve muitas construções destruídas, mas inúmeras outras construções foram erguidas. Os comerciantes começavam a prosperar, e a cidade foi finalmente chamada de York.

Já na Idade Média (1199 a 1485), York cresceu como um importante centro de comércio de lã e tornou-se a capital da província eclesiástica do norte da Church of England, um papel que ela manteve.

Por volta de 1400, a Inglaterra já tinha passado pela Guerra dos Cem Anos, contra a França, e York era uma cidade importante, onde os reis mantinham outra corte. Foi então que o Duque de York, também conhecido como Ricardo III, vilão da peça de mesmo nome de Shakespeare, assumiu o trono. Isso deu uma confusão que virou a Guerra das Duas Rosas, entre a dinastia dele, a Plantageneta, e a dos Lancaster.

Em 1836, a chegada da ferrovia e a localização estratégica entre Londres e Edimburgo, firmou York como um hub ferroviário e industrial, sendo o chocolate uma de suas maiores indústrias até hoje. Atualmente, York é uma das cidades mais visitadas da Inglaterra, junto com Londres e Manchester.

Nos anos mais recentes, a Universidade de York e os serviços de saúde tornaram-se grandes empregadores da cidade, enquanto o turismo se tornou um elemento importante da economia local. A cidade ainda possui partes da antiga muralha que a circundava no passado, abriga diversos museus e conta com a presença de uma catedral histórica com incríveis vitrais coloridos.

ATRAÇÕES

Catedral de York (York Minster)

York Minster é a Catedral de York e a maior catedral em estilo gótico do norte Europeu. Sua história e fundação remota-se ao século VII. Para ser mais precisa, o registro mais antigo, de 625, faz referência a uma igreja de madeira que realizou o batizado de um Rei. 

No local onde se encontra já havia diferentes construções religiosas há pelo menos 600 anos. Mas a igreja passou por muita destruição, incêndio e reconstrução. A construção que vimos hoje, começou a ser realizada por volta de 1080, e demorou em torno de 400 anos para chegar ao ponto que vimos hoje. 

Com a rivalidade entre o Sul e Norte da Inglaterra, York precisava de uma catedral que fizesse frente à de Canterbury. Levaram três séculos em sua construção e o resultado, como se pode ver, mostra-se imponente como desejavam.

Dedicada a São Pedro, ela é uma das maiores do seu tipo na Europa. Alguns destaques são: a Janela Oeste, construída em 1338, e a Capela da Senhora onde está a Grande Janela do Leste (terminada em 1408), a maior extensão de vitrais medievais do mundo. A igreja é enorme, com belíssimos vitrais, cripta, e uma área de exposições históricas.

Do lado de fora da igreja fica uma antiga coluna romana e uma estátua do antigo imperador romano Constantino, o Grande.

Outro ponto que chama muito a atenção na York Minster é o “coro alto”, que possui quinze esculturas dos reis ingleses feitas em pedra durante o século XV. Elas dividem o coro e o santuário da nave da igreja, e representam os reis ingleses desde Guilherme, o Conquistador a Henrique VI.

Há um mapa interativo que lhe ajudará a entender todos os significados de cada parte da construção de York Minster. 

Existem visitas guiadas gratuitamente de segunda-feira a sábado, das 10am às 3pm. Às 1:30pm, acontece também o passeio guiado e gratuito para explorar os vitrais medievais da Catedral. 

Além de visitar toda a catedral, também é possível subir os 275 degraus até o alto da torre, mas isso depende do bom tempo. Quando venta muito, a torre fica fechada.Também há visitas guiadas e tours especiais.

• Horários: diariamente de segunda a sábado de 9h às 17h / domingo de 12h45 às 17h
• Entrada: somente para a igreja £10 / igreja + torre £15 / ticket é válido por 1 ano
• Tours: de segunda a sábado às 19h, 11h, 12h, 13h, 14h, 15h de segunda a sábado (sem custos adicionais além do preço de entrada)

Ruínas romanas de York

No primeiro século antes de Cristo, os Romanos já governavam boa parte da Grã-Bretanha. Em York ergueram uma fortificação que era usada como base de governo da Roma Britânica e alguns resquícios deste período ainda podem ser vistos ao redor da cidade hoje:

– As muralhas que cercam a cidade são medievais, mas em determinados trechos a fortificação aproveitou as pedras originais e trechos inteiros da antiga construção romana.

–  Nos Jardins do Museu de York, diversos túmulos em pedra agora decoram a paisagem.

– Também nos Jardins, destaca-se a torre multiangular, a maior das estruturas remanescentes das muralhas romanas.

– Próximo à Catedral, uma estátua ao Imperador Constantino, o Grande (o cara homenageado em Constantinopla!) foi erguida em lembrança à sua coroação ocorrida em York.

- As ruínas da Saint Mary’s Abbey: Também nos Jardins ao redor do Museu de York, além dos resquícios deixados pelos romanos, o grande destaque é a Saint Mary’s Abbey, ou as ruínas que sobraram dela após a dissolução dos monastérios praticada por Henrique VIII no século XVI.  Além das impressionantes marcas no solo dando ideia das dimensões daquela igreja há séculos atrás, um passeio pelos jardins ainda garante que o visitante observe que sobras de pedras da construção que não foram saqueadas, agora servem como uma inusitada demarcação de canteiros ao redor do parque.

Muralha de York

Apenas uma pequena parte das muralhas de York se mantém com a origem romana, que eram de madeira. Mas desde então houve diversas alterações e reconstruções durante a ocupação normanda da Grã-Bretanha e na Idade Média, o que mantém York como a cidade com a maior extensão de muralhas preservadas da Inglaterra.

Caminhando por cima das muralhas, cruzando todo o Dean’s Park é possível ver a Catedral de York por todos os ângulos e ainda passar por dentro de alguns dos seus portões, mostrando como funcionavam as defesas da cidade. , incluindo aquele onde acontece o “Richard III Experience”.

Elas têm quatro grandes portões, chamados de “bar”: Bootham Bar, Monk Bar, Walmgate Bar e Micklegate Bar, além de dois menores. Conta-se que as partes mais originais das muralhas são as que estão localizadas nas portarias, ou “Bares”. 

Há diversos trechos em que é possível subir e admirar a bonita vista da cidade e aprender um pouco mais sobre a história de York e da Inglaterra.

O Micklegate Bar é o mais importante dos quatro principais portões medievais de York. Esta era a entrada principal da cidade para quem chegava do sul. Pelo menos meia dúzia de monarcas reinantes passaram por este portão e, por tradição, eles pararam no local para pedir permissão ao Lord Mayor para entrar na cidade. 

A parte inferior data do século XII, os dois pisos superiores do século XIV. Durante séculos, as cabeças cortadas de rebeldes e traidores foram exibidas acima do portão. No Micklegate fica a Henry VII Experience, em homenagem ao primeiro rei inglês da dinastia Tudor, que assumiu o trono após a Guerra das Duas Rosas (entre as dinastias York e Lancaster). Ao contrário do famoso personagem da peça de Shakespeare, Henrique VII é adorado na cidade.

Outro trecho maravilhoso é atrás da Catedral, acessado pelo Bootham Bar pois a vista é bem interessante e a caminhada extremamente agradável.

Seguindo em frente, você vai chegar ao portão Monk Bar, que abriga a exposição Richard III Experience, em homenagem ao último inglês da dinastia York, derrotado na Guerra das Duas Rosas. Ambas as “Experiences” (Henry VII e Richard III) podem ser vistas em conjunto pelo custo de £5.

Gratuito

Funcionamento: das 8h até o anoitecer. Exceto quando em reparos ou em condições climáticas que não garantam a segurança dos visitantes.

Distância: 3,4km (ou 2 milhas)

Lendal bridge

Lendal Bridge é uma ponte de ferro fundido de 53 metros com detalhes no estilo gótico da Inglaterra vitoriana. Ela liga duas torres medievais: Lendal Tower, na margem leste e Barker Tower, na margem oeste. A ponte foi projetada pelo engenheiro civil Thomas Page, que também projetou a ponte de Westminster em Londres. O parapeito ornamentado da ponte apresenta a rosa branca de York, as chaves cruzadas da diocese de York e os leões da Inglaterra.

Undercroft Museum

Quando York foi fundada pelos romanos em 71 d.C., diante de uma instabilidade dos romanos com líderes hostis de uma tribo chamada “Brigantes”, foi construída uma fortaleza militar de madeira para defesa e guarda da região, que foi exercida pela legião VI.

Mais tarde, esta fortaleza construída em madeira teve suas paredes reconstruídas em pedras, sendo que o local conhecido como Principia – sede onde a administração da legião e de cerimônias religiosas. É isso que se vê no Undercroft Museum.

É ummuseu que conta a história de dois mil anos de York através de telas interativas e artefatos de coleção da catedral.

The Shambles

The Shambles é uma antiga rua dos açougueiros de York, no estilo medieval muito bem conservado. Shambles vem da palavra “Shamel” que significa bancas ou bancos em que a carne era exibida. E apesar de que no passado The Shambles teve muitos açougues no local, hoje a rua é cheia de lojinhas muito charmosas.

O que vimos hoje das “The Shambles” foi reconstruído por volta de 1400, e apesar de ser bem curta, ela é um exemplo real do que é uma rua medieval, bem tumultuada! Uma viela apertada com diversos sobrados se projetando sobre a rua, numa cena bem marcante.

Há uma esquina famosa em Shambles com a vista da Catedral presente nos cartões postais. Há ainda a casa onde viveu e estudou Guy Fawkes (o cara da máscara do V de Vingança e dos protestos de 2013 no Brasil – o extremista religioso que quis explodir o Parlamento).

Dentro da The Shambles ainda há uma parada também em frente ao Santuário de Santa Margaret Clitherow, mártir da época da transição ao protestantismo na Inglaterra.

Não à toa, a The Shambles serviu de inspiração para o Beco Diagonal, de Harry Potter, durante a produção dos filmes. Aliás, na Shambles que fica a loja “The shop that must not be named“, que é focada em produtos oficiais do Harry Potter.

Ali pelo centro também dá para procurar as pequenas passagens e ruelas por dentro de prédios, chamadas Snickelways of York. As snickelways são caminhos ou passagens entre prédios, estreitos demais para a passagem de qualquer veículo de transporte.

Um outro lugar muito divertido é o Shambles Market (5 Silver St, York YO1 8RY, UK), um mercadão de rua que vende produtos alimentícios, comidas, camisetas divertidas, discos antigos, flores e muito mais!

Jorvik Viking Center

Funcionamento: de abril a outubro, das 10h às 5pm / de novembro a março, das 10h às 16h.

Os Vikings (apesar de toda sua reputação temida por muitos na Europa) ajudaram muito no progresso de York, e a cidade ficou bastante tempo sob o domínio Viking. E o Jorvik Vking Centre é uma atração que compartilha um pouco da história dos Vikings em York. 

Por volta de 1976 a 1981, York Archaeological Trust realizou extensas escavações em uma área que seria construído um shopping. Foi aí, então, que descobriram uma construção de madeira de Jórvik – a cidade viking. E junto com esta descoberta, encontraram cercas, poços, currais… e mais de 40.000 objetos de aproximadamente 900 d.C.

Inicialmente, essa parece uma atração infantil. Porém, trata-se de uma imersão em como era a vida durante o período viking em Jorvik.

Construíram uma exibição, em que você segue dentro de um carrinho tipo teleférico e com um áudio-guia, que mostra exatamente como era a vida na antiga Jorvik. No final, também tem um museu clássico, com vários dos artefatos originais.

Preço : 12,50 libras para adultos

Deve comprar antecipado pois lota com meses de antecedência, mesmo na baixa temporada!

Museum Gardens

Entre o Rio Ourse e a Museum St., ficam os Museum Gardens, agradáveis jardins, onde você encontra as ruínas de um antigo convento beneditino, de 1088, que foi destruído no século 16. Também são nesses jardins, o Yorkshire Museum, que abriga uma coleção de achados arqueológicos e geológicos: desde fósseis pré-históricos, até mosaicos romanos originais e um elmo do período dos reinados dos anglo-saxões, descoberto nas escavações da Coppergate st.

A entrada no museu custa £7.50. 

Castelo de York

É uma fortificação com quinas arredondadas erguida no mesmo local usado de base para a reconquista da cidade pelos ingleses durante a ocupação normanda da Inglaterra. O castelo ainda tem relação com o famoso Ricardo, Coração de Leão, rei bastante retratado em filmes de Hollywood.

O castelo de York era um complexo fortificado que compreendia uma seqüência de castelos, prisões, tribunais e outros edifícios no lado sul do rio Foss. O castelo foi construído em 1068 após a conquista normanda de York. Após a destruição do castelo por rebeldes e um exército viking em 1069, o castelo de York foi reconstruído e reforçado com extensas defesas de água, incluindo um fosso e um lago artificial. 

Após uma grande explosão em 1684, as defesas militares restantes ficaram inabitáveis, mas o Castelo de York continuou a ser usado como prisão e prisão até 1929. Atualmente, ele se encontra em ruínas e o que sobrou foi a Torre de Clifford, que pode ser visitada ainda hoje.

• Endereço: Tower Street, York, YO1 9SA
• Horários: diariamente de 10h às 18h
• Entrada: £5

Clifford´s Tower

Tower Street, York, North Yorkshire, YO1 9SA

Valor do Ticket: a partir de 5,70 Libras (incluso no York Pass)

Funcionamento: todos os dias com exceção de segunda-feira, das 10am às 6pm.

Essa torre foi construída por Guilherme, o Conquistador, o rei normando, no século 11. Por duas vezes foi queimada, e a construção atual é de Henrique III, do século 13. A torre tem esse nome por conta de um homem chamado Roger de Clifford, que foi executado ali por traição contra o rei: mandaram enforcá-lo com correntes pendendo das paredes da torre.

Dentro da torre não tem muita coisa além de uma maquete de como era a cidade na época da construção do prédio. Mas é possível subir até o topo e ter uma vista panorâmica de toda a cidade.

York´s Chocolate Story

3-4 Kings Square, York YO1 7LD, Reino Unido

Funcionamento: diariamente das 10am às 4pm

Valor da visita: 12,95 Libras

O chocolate é muito importante para a cidade de York. No passado, enquanto outras cidades se enriqueciam de lã, algodão ou aço, York se desenvolvia através do chocolate. Algumas marcas como KitKat, Smarties e Aero (da Rowntree), Chocolate Oragen e All Gold (da Terry´s) e Mary Ann Toffes (da Craven´s) saíram de York e foram muito importantes para o desenvolvimento social e industrial da cidade.

A visita guiada ao York´S Chocolate Story mostra a história por trás dos maiores nomes do chocolate, revela detalhes da produção de chocolate e, ao final dá para divertir um bocado tentando aprender a decorar o nosso próprio chocolate!

Roman Bath

St Sampsons Square, York

Valor do ticket: 3,50 Libras (incluso no York Pass)

Funcionamento: diariamente, das 11am às 17pm

Por volta de 1929/1930, começam a construir um Pub. Durante as obras foi descoberto que no porão tinha uma casa de banho romano datado dos século 1 d.C. 

O Roman Bath é, provavelmente, um dos lugares mais antigos de York  e que verdadeiramente retrata um pouco da época romana da cidade. Ao que tudo indica, os banhos romanos foram construídos pela Nona Legião por volta de 71d.C.

Hoje você pode visitar o Roman Bath e ainda tomar uma cerveja no Pub construído sobre o local.

Quantos dias ficar em York?

Cerca de 2 dias são necessários para explorar toda a cidade. Em um dia você até consegue ver bastante coisa, mas seria muito corrido.

Vale a pena o York Pass?

Assim como qualquer outro local...depende! Depende de quais e quantas atrações você pretende ver e em quantos dias. O ideal é fazer seu roteiro, olhar o somatório do custo das entradas do que gostar e comparar com o valor do Pass.

PUB

Ye Olde Starre Inne - 40 Stonegate, York YO1 8AS,

Funcionamento: das 11am até meia noite

Ye Olde Starre Inne é um dos Pubs mais antigos de York, datado em 1644. Uma delícia de pub tipicamente inglês. 

ONDE COMPRAR EM YORK

Para quem quer aproveitar a passagem por York para fazer umas comprinhas, um lugar interessante é o Coppergate Shopping Centre, repleto de lojas (12 Coppergate, York YO1 9NT). Ele fica bem no centro da cidade e funciona diariamente.

ARREDORES:

• Castle Howards:  Explore o histórico Castelo e saiba como era a vida no século XVIII numa próspera propriedade rural britânica com arte renomada e fantásticos interiores barrocos e palladianos. É possível ainda fazer um tour ao ar livre dos jardins que abrange o Jardim Murado, o Templo dos Quatro Ventos, as Paisagens e Vias Navegáveis do Século XX.  14 libras por adulto.