Lisboa é uma linda cidade,
bem como uma das capitais mais antigas da Europa. Reúne algumas características
únicas, especialmente para nós brasileiros.
O que é muito especial
para nós, pois passeamos por uma incrível cidade europeia e em todo instante nos deparamos com
nomes e histórias que remetem a nossa própria história. Isso é muito especial.
Além disso, em Portugal
falamos nossa própria língua (em especial Lisboa e redondezas) o que facilita
bastante. No norte do país, o português de Portugal nos parece um pouco difícil
num primeiro momento. Mas rapidamente nosso ouvido acostuma com o sotaque e
passamos a compreender tudo. Em Lisboa,
muitas vezes quase confundi o sotaque português com o sotaque carioca. Aliás,
cabe aqui comentar sobre isso. Muitas pessoas criticam o sotaque carioca (e
nordestino) alegando que pronunciam erradamente o “s”, atribuindo a ele o som
da letra “x”. Mas, se formos fazer uma análise da língua, originada de Portugal,
são os cariocas possuem o sotaque mais autenticamente português. Veja que me
refiro ao sotaque, pois a gramática carioca e sua famosa concordância verbal
equivocada, melhor nem comentar!
Se não bastasse isso, em
Portugal a comida é maravilhosa e os preços muitos mais baixos do que no Brasil,
especialmente falando de bacalhau e polvo, ambos caríssimos no Brasil. Aproveite
para tirar a barriga da miséria, caso esteja fazendo uma viagem mais econômica.
Então, curta Lisboa e
sinta-se a vontade!
Quem não curte história,
pula logo para o item 3 abaixo!
1-Um pouco de
História
Segundo alguns estudiosos
é a segunda capital mais antiga, atrás de Athenas, sendo assim, mais antiga do
que Roma. Sua fundação seria devida aos fenícios e depois pelos gregos e
cartageneses.
Após a conquista de
Cartago pelos Romanos, a cidade foi tomada pelos Romanos e chamada de Olissipo.
As marcas desse período estão no Teatro Romano do sec. I.
Outra curiosidade é que
foi uma das primeiras cidades a aderir voluntariamente ao cristianismo, ainda
no final do Império Romano.
Em 711 a península ibérica
foi invadida pelos Mouros, incluindo Lisboa. Nesse período foi construída a
cerca moura e o Castelo de São Jorge (um ícone da cidade até hoje).
A primeira tentativa de
reconquista ocorreu em 1137, mas as muralhas da cidade não conseguiram ser
vencidas. Em 1147, dentro da chamada Reconquista Cristã.
Mas a maior “herança
moura” foi ter levado ao mundo romano, o número ZERO. O sistema matemático
árabe era muito mais avançado. Outra coisa importante dos árabes que os portugueses
aproveitaram muito para construir a sua história mundial, foi o astrolábio, que
era um instrumento que media a altura das estrelas.
Juntando o conhecimento
matemático e o astrolábio, ambos árabes, os portugueses criaram o astrolábio
náutico, de medição muito importante para a navegação. Assim, em qualquer lugar
do oceano eles conseguiam calcular sua localização, algo que foi essencial para
as Grandes Navegações e tornar Portugal uma grande potência da época.
Aliás, as famosas calçadas
de pedras portuguesas que existem em muitos países do mundo, tem origem nessa
época das Grandes Navegações. Não se trata de levar a cultura portuguesa. Na
verdade as pedras portuguesas eram usadas como lastro nas Naus (o peso é
necessário em qualquer embarcação para que não tombasse ou fossem levadas pelo
vento). Assim, seguiam pelo mundo com uma infinidade de pedras e então lá
deixavam para retornar com as Naus repletas de riquezas, especiarias e até
escravos. Com aquela imensa quantidade de pedras que tinham que ser levadas,
construíam as calçadas, aí sim, seguindo os padrões lisboetas.
A partir do século
XV, o porto de Lisboa se tornou um dos mais importantes do mundo. No
século XVI, a Casa da Índia enriqueceu ainda mais a cidade devido ao comércio
com a Ásia, África e Brasil, e se tornou o centro mais importante da
Europa no tráfico de escravos.
Em 1580 o rei espanhol
Felipe II foi reconhecido rei de Portugal. A restauração da independência em
1640 e as grandes riquezas levadas do Brasil deram uma época de
grande esplendor a Lisboa.
No entanto, o grande
terremoto de 1º de novembro de 1755 destruiu Lisboa, o que deu a oportunidade
ao Marquês de Pombal, com as riquezas que chegavam de Minas Gerais, de
reconstruir a cidade Baixa seguindo um plano regular com grandes avenidas de
estilo clássico. Falaremos mais disso abaixo.
Aliás, então ministro do
Rei, Marques de Pombal (que era engenheiro e diplomata) exerceu imensa
influência sobre o Rei português D. José. Marquês de Pombal acreditava no
chamado Despotismo Esclarecido, que era, na verdade, uma monarquia sem a ingerência
da Igreja. Até então, as Monarquias absolutistas eram marcadas por forte
presente do Clero, já que os Reis eram tidos como escolhidos por Deus. Mas, com
a grande impopularidade dos reinados, alguns reis do século XVIII resolveram
acatar algumas dessas ideias iluministas que surgiram na época, que defendiam a
razão e não a religião.
Essa nova visão trouxe
imenso desenvolvimento a essas nações, já que a Igreja era avessa a mudanças.
Dentro desse contexto
histórico, especialmente pós-terremoto, somado às riquezas do Novo Mundo,
Marques de Pombal conseguiu, além de “instituir” a Monarquia Esclarecida em
Portugal, realizar imensas obras de urbanização em estilo renascentista, expulsar
as grandes ordens religiosas de Lisboa (como a Ordem dos Jerônimos e a Ordem
dos Cavaleiros Templários e sua cruz de malta), e, principalmente, construiu
grandes avenidas, como é exemplo a Avenida Liberdade. Isso porque, no grande
terremoto, uma das razões da imensa mortalidade foi que as ruas da baixa eram
muito estreitas, soterrando 85% da população e não deixava rota de fuga. Agora,
a cidade estaria preparada para o caso de outra catástrofe.
Em 1932, a Ditadura de
Salazar tomou o poder e permaneceu até 1974, quando um golpe de estado
dirigido pelo General Spinola acabou com a ditadura. Esse fato ficou conhecido
como a “Revolução dos Cravos”.
Em 1986, Portugal entrou
na União Europeia e, doze anos depois, em 1998, Lisboa foi a sede da
Exposição Universal, que transformou a fisionomia dessa bela cidade. No mesmo
ano, um grande incêndio arrasou o bairro do Chiado.
2 - O
terrível terremoto de 1755 – o apocalipse que mudou os rumos da história e
efeitos no Brasil
Impossível contar a
história de Lisboa sem contar sobre esse fato. Até porque, a reconstrução
trouxe a mudança completa da fisionomia da cidade, bem como a mudança de regime
politico. E repercutiu no mundo da época.
Às 9:40hs do dia 1 de
novembro, comemorava-se o Dia de Todos os Santos, e por isso, toda a população
de Lisboa (que era extremamente fervorosa), estava nas Igrejas acendendo velas
para seus santos e rezando. Tinha uma população de quase 250 mil pessoas e era
a 4ª cidade mais populosa da Europa.
Foi quando o maior
terremoto da história atingiu a cidade (é até hoje a maior catástrofe natural
que atingiu a Europa!). Os sismólogos estimam que o sismo de 1755 atingiu,
inacreditáveis índices entre 8,7 a 9 na escala Richter.
O fato foi agravado pelo
imenso incêndio que se seguiu. Por ser dia de Todos os Santos, as Igrejas e
casas estavam lotadas de velas acesas. Com os desabamentos, o incêndio se
espalhou, destruindo o que tinha ficado de pé.
Além disso, o povo
desesperado, correu para a beira do Tejo, onde havia menos construções. Mas o
epicentro do terremoto foi no Oceano Atlântico. Assim, uma sequencia de
tsunamis atingiram a cidade.
As ondas gigantes
destruíram o porto e toda a parte baixa da cidade. O que não caiu ou ardeu em
chamas acabou carregado pelas águas - um desastre até então inédito na Europa
moderna.
Cerca de 85% das
construções da zona baixa ruíram, incluindo o Palácio Real, Igrejas, palacetes,
bibliotecas, hospitais, a recém-inaugurada Casa de Ópera e arquivos. Todos os
registros das viagens de Vasco da Gama e Cristóvão Colombo foram perdidos,
deixando imensa lacuna na história do Novo Mundo.
Estima-se que 1/3 da
população morreu nessa data, sendo todos eles na zona baixa. A imensa maioria
dos sobreviventes vivia na zona alta, especialmente na Alfama.
A tragédia também
impressionou vizinhos europeus e chocou o mundo da época, sendo retratado por
alguns artistas como “A Ira de Deus”.
Era uma época turbulenta
no relacionamento entre homem e Igreja. E a data da catástrofe não poderia ter
sido mais sugestiva. O fato de Lisboa ter sido arrasada num dia santo não
passou despercebido pelos dois lados do debate. Praticamente todas as Igrejas
desabaram ou arderam no fogo. Quase toda a sociedade conservadora e fiel perdeu
seus bens ou morreu.
Teólogos se apressaram em
enxergar um castigo divino. Os iluministas tiveram no acontecimento um trunfo
em seus argumentos em prol da razão sobre a fé. A população, diante das duas
correntes se viu com o pensamento de que, seja o que fosse, “Deus não estava
satisfeito com os portugueses e algo tinha que ser mudado”.
A hipótese de castigo
divino teve respaldo num país devoto como Portugal. Não passou despercebido
que:
- ocorreu num dia santo,
- a maior parte das mortes
foi dentro das Igrejas, seja pelos abalos ou incêndio causados pelas velas dos
fiéis,
- o distrito de Alfama, onde
ficava a zona do meretrício em Lisboa, resistiu ao terremoto (por estar na
parte mais alta da cidade, sob um grande maciço),
- 90% das igrejas
lisboetas e pelo menos 80% de conventos e mosteiros terem sido reduzidos a
escombros.
A tragédia levou a um
questionamento da vontade divina. O filósofo francês Voltaire mencionou o sismo
atacando a noção de que "Deus sabe o que faz". Jean-Jacques Rousseau
viu confirmada sua teoria de que a vida nas cidades era nociva ao ser humano -
a aglomeração urbana em Lisboa teria contribuído para um maior número de
mortes.
Dessa maneira, o terremoto
de Lisboa (na verdade destruiu também o Algarve, Ilha da Madeira, norte da
África e foi sentido até mesmo na Finlândia!!) acabou sendo um evento marcante, que fortificou as ideias
iluministas, sendo, dessa maneira, o pano de base da futura Revolução Francesa,
que levou o mundo a Era Moderna!
O terremoto passou a ser
comparado ao Holocausto - uma catástrofe de tais dimensões que só poderia
ter um impacto profundo e transformador na cultura e filosofia europeias.
A família real sobreviveu
porque saiu da cidade cedo naquela manhã, logo após a primeira missa. O Palácio
Real desabou. Apesar disso, o abalo afetou a saúde mental do Rei, que, a partir
de então, desenvolveu fobia a recintos fechados.
Isso contribuiu para que
um homem pragmático ganhasse prestígio e chegasse à função de Primeiro Ministro
do Rei – o Marques de Pombal, que era Iluminista.
Pombal convocou batalhões
para ajudar no combate aos incêndios e no resgate das vítimas e impôs Lei
Marcial para conter saqueadores. Contrariando a doutrina católica, ordenou que
cadáveres fossem recolhidos depressa para evitar doenças e atirados ao mar.
Lisboa ganhou padronização
na construção de casas e edifícios, nos aspectos estético e estrutural: uma
trama de vigas de madeira conhecida como "gaiola pombalina", para
melhor resistir a sismos, e mais espaçamento entre edificações para prevenir
incêndios.
Dos escombros, surgiu a
Baixa Pombalina. Seus 236 mil m² viraram um dos mais estudados casos de
projetos urbanísticos de larga escala no mundo. Pombal também tomou a decisão
de fazer um censo da tragédia: questionários foram enviados a todas as
paróquias pedindo informações sobre o terremoto.
Além de detalhes como rachaduras
e intensidade dos tremores, o questionário de Pombal pedia observações sobre o
comportamento de animais e mesmo sobre reduções de volume d’água em poços. Tais
informações deram a cientistas subsídios para reconstituir os eventos
geológicos e esse esforço é tido como o início do estudo da sismologia no
mundo!
Pombal coordenou os
esforços mesmo num momento em que Portugal tinha os bolsos vazios. Nenhuma surpresa, então,
que as autoridades portuguesas tenham olhado para suas colônias na hora de
pagar a conta. Especialmente a mais rica delas: o Brasil foi visto como tábua
de salvação. Pombal aumentou os já rigorosos impostos sobre o ouro brasileiro
vindo de Minas Gerais, acirrando o sentimento anti-português na região que anos
mais tarde abrigaria o primeiro grande movimento pró-emancipação do Brasil, a Inconfidência Mineira.
Curiosidade:
com as mortes ocorridas no dia 01 de novembro, o que se viu no dia 02 de
novembro foram escombros e mortos. Assim, foi decretado que o dia 02 de
novembro seria o Dia dos Mortos, ou seja, o nosso Dia de Finados. Enquanto os
países católicos comemoram no Dia 01 o Dia de Todos os Santos, Portugal e suas
colônias passaram a “comemorar” o Dia de Finados, no dia 02 de novembro.
Entendida a história de
Lisboa e seu impacto no mundo, passemos agora para as belezas da cidade. Entre
heranças do passado romano, árabe e embelezamento pombalino da cidade, podemos
desfrutar de uma bela cidade!
3 - Melhor
maneira de transporte
A cidade possui muitas
colinas, inclusive é conhecida como a cidade das 7 colinas. Por essa razão,
torna-se essencial (além de interessante) utilizar o pitoresco transporte
público disponível.
O ideal é comprar o ticket
de 24 horas de uso do transporte público, que custa 6,40 euros e pode ser
comprado em qualquer estação de metro. A vantagem é o preço único e que permite
utilizar em qualquer meio de transporte, incluindo os bondinhos (e o famoso
Elétrico 28) e os elevadores da cidade.
Dica:
Elétrico 28 é a linha mais famosa de bondinho lisboeta, pois ela passa em
praticamente todos os pontos turísticos da cidade. Ele sai do Bairro da
Estrela, desce até a Praça de Camões, cruza o Chiado e a Baixa para então subir
o bairro de Alfama passando pelo Castelo de São Jorge e pelos mirantes da
região antes de fazer a parada final próximo ao metrô da Martim Moniz. Como é
muito procurado, vive lotado. O melhor é evitar pegá-lo no Centro/Baixa e sim
no Chiado ou no ponto de partida. Os
eléctricos de Lisboa aceitam pagamentos em dinheiro diretamente com os
condutores, mas a tarifa cobrada será muito mais cara que o normal. A maneira
mais econômica é pagar o cartão VivaViagem, que podem ser adquiridos em
qualquer estação do metrô e valem em todo sistema de transporte público de
Lisboa.
4 - Quantos
dias?
Quando se fala em Lisboa,
estamos falando de Lisboa e Belém. Sendo assim, para ter um vislumbre mínimo,
você precisa de 3 dias. Ao menos 2 dias para conhecer Lisboa propriamente dita
e 1 dia para conhecer Belém. Mas, caso você disponha de 1 dia a mais, totalizando 4 dias, poderá curtir a cidade
com a calma que ela merece, curtindo restaurantes, miradouros, elevadores,
etc. Com 5 dias você curte a cidade e ainda faz ao menos um bate e volta
interessante.
A cidade tem uma parte
baixa (Baixa) ladeada por duas colinas principais que são Chiado/Bairro Alto de
um lado e Alfama do outro.
Um roteiro ideal de 4 dias
em Lisboa, poderia ser dividido da seguinte maneira:
Dia 1 – Centro de Lisboa
(Baixa), Cais do Sodré/Mercado da Ribeira e Chiado
Dia 2 – Sé, Alfama e
Castelo
Dia 3 – Belém e suas
atrações (Mosteiro dos Jerônimos, Torre de Belém, Parque do Descobrimento,
Confeitaria dos Pastéis de Belém e o novo Museu MAAT). Na volta, parando para
conhecer a LX Factory e o Rio Maravilha.
Dia 4 – Bate e volta a
Sintra
Dia 5 – Lisboa Moderna
(Parque das Nações, Oceanógrafo e outros)
Obs.:
Certamente haverá quem diga que a parte moderna é obrigatória. Apesar de muito
bonita, fato é que há muito que ver em Lisboa. Para que você vá à parte moderna
em apenas 3 dias na cidade propriamente dita, você terá que sacrificar alguns
lugares. Mas, claro que isso é pessoal. Estou aqui para mostrar as opções e
você fazer as sua escolhas.
Dia 1
Praça do Comércio - Arco
Triunfal - Cais do Sodré/Mercado da Ribeira/Pink Street - Rua Augusta - subir
Elevador de Santa Justa ou subir o Elevador da Glória – Bairro Alto - Largo do
Carmo – Chiado - Café a Brasileira. Termine o dia curtindo o clima gostoso do
Chiado ou retorne para a noite boêmia do Mercado da Ribeira.
Praça
do Comércio/Arco Triunfal
É a praça mais importante
de Lisboa. Durante décadas, foi a porta de Lisboa para o comércio marítimo. Foi
construída onde era o Palácio Real antes de ser inteiramente destruído pelo terremoto
de 1755.
É formada por um conjunto
de edifícios em três dos seus lados e está aberta do lado sul, o lado do
Tejo. Historicamente ali chegavam os barcos mercantes e essa era a porta de
Lisboa.
É uma bela localidade que
possui ainda, para deixa-la mais especial, o Arco Triunfal da Rua Augusta, onde
começa a graciosa rua.
Foi criado para celebrar a
reconstrução da cidade depois do grande terremoto. Sua construção
terminou em 1873 e suas estátuas representam, entre outros, Vasco da
Gama e o Marquês de Pombal.
Há ainda uma imponente
estátua equestre de José I, em bronze. Ele era o Rei na época do
terremoto.
Cais do Sodré/Mercado da
Ribeira/Pink Street
A zona do Cais do Sodré
era anteriormente conhecida como uma zona da prostituição. Mas, num arrojado
projeto de transformação da cidade, acabou se tornando mais um grande centro de
vida agitada e noturna da cidade.
Com muitos bares e
restaurantes, bem como uma localização bem fácil (ao lado da Praça do
Comércio), fez com que logo se tornasse também um animado ponto de cultura e
moda de Lisboa.
Junto a ele está a PINK
STREET. A Pink Street é mais uma destas iniciativas de renovação da zona.
Mas, ao contrário do Cais, que foi uma iniciativa pública, a Pink Street foi
patrocinada pela Vodka Absolut. A ideia era criar uma galeria de arte ao ar
livre, com exposição de arte e desfile de moda, num local com outras opções de
lazer que a tornassem atrativa.
Opções não faltam, como a
famosa Pensão Amor, ou muitos outros restaurantes e bares reconhecidos da zona.
Outra parada obrigatória
por ali é o MERCADO DA RIBEIRA/TIME OUT
O local foi uma iniciativa
da revista Time Out que, em 2014, resolveu abrir um espaço gastronômico com
restaurantes contemplados com 4 ou 5 estrelas pelos críticos da famosa revista.
Não há como não parabenizar a revista Time Out, por ter conseguido a proeza de
criar um dos mais importantes pontos turísticos da capital portuguesa.
Os restaurantes toparam a
ideia e montaram pequenas sucursais com cardápio, porções e preços reduzidos.
Nascia o Time Out Market,
no local conhecido como Mercado da Ribeira.
O Mercado da Ribeira era
do século XIX, e foi o principal mercado municipal até o ano 2000, quando então
passou a ser o Mercado Abastecedor da Região de Lisboa (MARL) no Centro.
Decadente, foi resgatado
por este projeto. Metade do mercado, porém, ainda é destinado aos alimentos in
natura. A outra metade é o Time Out Market, com seus renomados restaurantes.
Hoje o Mercado da
Ribeira/Time Out Market está sempre cheio, ficando lotado na hora do almoço.
Em todos os boxes você vai
encontrar uma resenha da Time Out sobre o lugar e por que foi escolhido.
Algumas dicas para você
incluir numa pré-seleção: Alexandre
Silva (tem um restaurante com uma estrela no Michelin, o Loco,
para quem quiser ir no principal); Leitão
da Ribeira que assa leitões da raça bísara (com menos gordura)
e a Manteigaria (que também tem
uma loja no Chiado) e produz um dos melhores pastéis de natas da cidade.
O Mercado da Ribeira fica
pertinho da Baixa (menos de 15 minutos caminhando desde a Praça do Comércio) e
do Chiado (desça pela rua do Alecrim ou pela rua das Flores, são menos de 10
minutos ladeira abaixo).
Rua Augusta/Pastel de
Bacalhau/Confeitaria Nacional/Praça dos Restauradores
Rua Augusta é a principal
rua de comércio da cidade e é muito gostosa de ser aproveitada, por ser de
pedestres. Já foi apontada como uma das 10 ruas mais charmosas do mundo.
Nesse caminho está a Casa
Portuguesa do Pastel de Bacalhau, que tem o famoso pastel de bacalhau com
queijo da Serra da Estrela.
DICA:
para evitar as filas do Elevador Santa Justa, siga em frente em direção a Praça
da Figueira/do Rossio. Ou, caso prefira, suba pelo Santa Justa direto ao
Chiado.
Chegando na Praça da
Figueira você verá a Confeitaria Nacional, que é uma linda e tradicional, e,
para alguns, compete como o melhor pastel de nata da cidade, pois ainda é feito
artesanalmente, ao contrário do famoso Pastel de Belém.
Passe pela linda Praça do
Rossio e siga em direção a Praça dos Restauradores.
Alternativa 1: Elevador da
Glória
Este elevador ajuda a
evitar a Calçada da Glória, que é uma das ruas mais íngremes de Lisboa.
Ele parte da Praça dos
Restauradores, ao lado do Rossio, chegando ao Bairro Alto, região boêmia da
cidade. Ele chega ao lado do Miradouro de São Pedro de Alcântara, um dos muitos
miradouros de Lisboa.
O preço da ida e volta é de
3,70€. Como é um dos bondinhos mais turísticos. A dica é ir nos primeiros
horários da manhã, que fica um pouco mais vazio.
Alternativa 2: Elevador
Santa Justa
O Elevador Santa Justa foi
construído em ferro há mais de 100 anos, ligando o Rossio ao Bairro
Alto/Chiado. Sua beleza em ferro ricamente trabalhado, o tornou um grande ponto
turístico na cidade.
No alto você ainda pode
subir mais um lance de escada em caracol para chegar ao Miradouro, com uma
linda vista da cidade. Há ainda um charmoso café no miradouro.
São dois tipos de
bilhetes: um para conhecer somente o miradouro (caso você já esteja no alto) e
o outro que dá direito a também subir no elevador. O bilhete para subir no
elevador de Santa Justa custa 5,15€ e vale por duas viagens (subir e descer) e
acesso ao mirante. O bilhete para apenas ir até o Miradouro de Santa Justa
custa 1,50€.
Caso você compre nas estahções
de metro o bilhete de 24 horas de transporte público de Lisboa (super
recomendado, pois custa 6,40 euros), o elevador estará incluído. O mirante deve
ser pago a parte. Observe que esse bilhete não é vendido nas bilheterias dos
elevadores e sim nas estações de metro.
Dica!! Especialmente nos
meses de alta temporada, as filas para o Santa Justa são imensas, mas costumam
se concentrar na subida, obviamente. A dica então é aproveitar para conhecer o
outro funicular interessante que é o Elevador da Glória.
Largo do Carmo
Importante reduto
português, onde ficam as lindíssimas ruínas do Convento do Carmo, que foi quase
inteiramente destruído pelo terremoto, mas não foi reconstruído. Ficou como uma
lembrança da tragédia. Logo ao lado você verá o prédio da Guarda Nacional
Republicana, que teve importante papel na Revolução dos Cravos, na década de
70, quando Portugal finalmente se tornou uma república.
O Largo do Carmo foi o
palco final da revolução, sendo bastante visitado todo dia 25 de abril, feriado
nacional.
Dali, vá curtindo as ruas
do Bairro Alto/Chiado, até chegar a deliciosa Praça Luis de Camões. Estará
olhando para a famosa estátua de Fernando Pessoa, logo em frente ao café A
Brasileira, onde o mesmo costumava frequentar.
Você pode escolher algum
lugar para jantar ali pelo Chiado, ou seguir até a parte alta do Elevador da
Bica (Largo do Calhariz), para, além de aproveitar esse passeio, retornar ao
Mercado da Ribeira/Pink Street para jantar e curtir a noite. Ambas as opções
são bem vindas!
DICA: Bar Topo Chiado –
Fica na entrada lateral direita do mosteiro do Carmo. O espaço é amplo,
informal e delicioso, no melhor estilo drink com vista. Muito indicado!
Dependendo da hora que chegar, lá tem um famoso brunch.
Elevador da Bica
O Elevador da Bica é um
dos elevadores históricos de Lisboa e faz a ligação do Cais do Sodré ao
Bairro Alto e é um dos trajetos mais bonitos.
Ele sobe a Rua da Bica de
Duarte Belo (o nome vem de uma bica de água que existia na região),próximo ao Mercado
da Ribeira. Esse caminho é bem pitoresco, passando por prédios típicos, bares e
restaurantes, além da vista quase constante do Rio Tejo.
Importante ressaltar que
essa região foi poupada pelo terremoto de 1755, havendo ainda as raras
construções anteriores.
O ponto de chegada é no
Bairro Alto, no Largo do Calhariz, onde fica o Miradouro de Santa Catarina. Ali
ao lado, você ainda poderá provar os pastéis de natada Manteigaria – Fábrica
de Pastéis de Nata, que fica na Rua do Loreto, nº 2. Há quem os considere
os melhores de Lisboa.
Dia 2
Sé – Teatro Romano –
Paróquia Santo Antônio – Miradouro da Graça – Igreja de São Vicente de Fora –
Feira da Ladra (se for terça ou sábado) - Panteão - Portas do Sol – Miradouro Santa Luzia –
Castelo
Dica
de acesso: Alfama fica no alto e por isso usar
transporte é essencial, ao menos para subir. Não faltam opções simples e
eficientes para isso, num esforço elogiável do Município de facilitar essa
movimentação pela cidade. Além do Elétrico 28 (que costuma estar sempre lotado),
você pode usar outras formas. Há o Elétrico 12 e o ônibus 737. Além disso, há
uma escada rolante que sai da Praça Martins Muniz e leva a Alfama. Outra opção
é o Elevador que parte do Largo do Chão de Loureiro e segue até as costas do
Castelo. E é gratuito!
obs.:
Caso você não seja muito religioso, comece direto pelas Portas do Sol.
Logisticamente facilita bastante, pois aumentam as opções de como subir a
colina descritas acima.
Alfama
Alfama é o bairro mais
antigo da cidade, ainda intacto, e cheio de estreitas e confusas ruelas
medievais. O nome vem da língua árabe (e significa banhos ou fontes),pois lá
era a zona dos banhos quentes.
Hoje é famoso pelo seu antigo casario, bem como pelos seus restaurantes e casas de fado.
Hoje é famoso pelo seu antigo casario, bem como pelos seus restaurantes e casas de fado.
O Bairro merece uma visita
detalhada e tranquila, passando pelo Mirante da Graça, Igreja São Vicente de
Fora e a feira da ladra que ocorre ao lado (mercado de pulgas) e o Panteão
Nacional.
Mas, caso não haja tempo
para tudo isso, antes ou depois do Castelo, vale uma visita ao Miradouro Santa
Luzia e o Miradouro Portas do Sol, quase ao lado. O local é muito bonito, com
um café charmoso embaixo de um florido alpendre, sem contar a vista incrível da
cidade.
São muitas opções de
lugares com comida boa em Alfama, principalmente as famosos tascas,
que são como se fossem os botecos, ótimos para beber e beliscar algo.
Sé de Lisboa/Teatro
Romano/Paróquia de Santo Antônio
As construções do século
XIV e foram danificados pelo terremoto. Mas a Sé foi inteiramente restaurada.
Ficam todas próximas é no início da subida para a Colina de Alfama. Dá para ir
a pé saindo da Baixa ou aproveitar o Elétrico 28, que passa na porta.
Sé:
Construída em cima de uma antiga mesquita, foi nesta Catedral que o Santo mais
popular de Lisboa, Santo Antônio,
foi batizado.
A entrada à Catedral é
gratuita. Ao Claustro se cobra uma taxa de 2,50€ e ao Tesouro da Sé também
2,50€.
Teatro Romano:
é um dos poucos vestígios do período romano na cidade. Foi construído na época
do Imperador Augusto (27 a.C. - 14 d.C.) e reconstruído em 57 d.C., ao tempo de
Nero, e ocupa a vertente sul da colina do Castelo. Hoje é uma área de exposição
e sítio arqueológico.
Obs.: há quem se refira a ele como anfiteatro. Mas isso é equivocado. Anfiteatro é uma arena circular, como o Coliseu, por exemplo. O Teatrobé em formato de meia lua.
Obs.: há quem se refira a ele como anfiteatro. Mas isso é equivocado. Anfiteatro é uma arena circular, como o Coliseu, por exemplo. O Teatrobé em formato de meia lua.
Paróquia de Santo Antônio:
O santo casamenteiro tem uma paróquia só para ele no bairro de Alfama em
Lisboa. Ela foi construída exatamente no lugar onde nasceu Santo Antônio. O
local também é famoso por conta de uma imagem dedicada ao santo ter ficado
intacta durante o grande terremoto. Largo do Santo Antônio da Sé.
Miradouro da Graça
Miradouro da Graça dá para
ver o Castelo onde foi fundada a cidade em 1137, a pedra fundamental. Só sobrou
em cima com o terremoto.
Fica no bairro da Graça,
um bairro que tem um ar de Santa Tereza, no Rio de Janeiro. Tem vários bares
por ali, sendo um aprazível lugar para uma pausa contemplativa.
Panteão
O objetivo era homenagear
cidadãos portugueses que se distinguiram por serviços prestados ao país.
Ele tem uma vista
privilegiada para a cidade e o Tejo, e é um verdadeiro testemunho da
genialidade da arquitetura barroca portuguesa, com sua cúpula imponente e
mármores coloridos.
Miradouro Santa Luzia e o
Miradouro Portas do Sol
São bem próximos um do
outro. O local é muito bonito, com um café charmoso embaixo de um florido
alpendre, sem contar a vista incrível da cidade. Considerado o mais bonito e agradável miradouro da cidade.
Dica:
Bem perto das Portas do Sol, junto à escadaria da Rua Norberto Araújo, há um
túnel em que paredes e teto contam a história de Lisboa. É um mural curvo, com
desenhos em forma de quadrinhos, que conta desde a origem da cidade pelos
fenícios, passa pela conquista muçulmana, reconquista cristã, terremoto e
modernidade. Bastante colorido, é uma visita interessante.
Castelo
Ele fica no alto da Colina
de Alfama, e por isso sobreviveu ao terremoto de 1755. No horário da manhã fica
mais vazio, mas caso queira deixar para o por do sol, a vista dali é a melhor
da cidade.
Há vestígios de ocupação
da estratégica área, desde os tempos fenícios, depois gregos, cartagineses e
romanos. Mas o castelo propriamente dito, como se vê hoje, data dos sec. X e
XI. Foi construído pelos Mouros, durante o período de ocupação do local. Após a
reconquista cristã (os bárbaros que ocuparam a região, antes dos muçulmanos,
eram cristãos), foi transformado em Palácio Real e posteriormente em fortaleza.
São Jorge é o padroeiro de Portugal, e por isso o Castelo ganhou esse nome.
No séc. XVI, foi ali
mesmo, no Castelo, que o rei D. Manuel I recebeu Vasco da Gama depois da sua
viagem marítima à Índia. Foi ali também o palco da primeira peça de teatro
portuguesa, apresentada em comemoração ao nascimento do rei D. João III.
No interior, destaca-se o
núcleo museológico, onde se pode ver a história de Lisboa, e a Torre de
Ulisses. O fundador lendário da cidade dá nome à antiga Torre do Tombo do
castelo onde um periscópio permite observar a cidade em 360º em tempo real. Mas
a belíssima construção, preserva ainda 11 torres.
Passou a ser residência
Real, depois residência de nobres até o século XVI, quando voltou à antiga
função militar. Somente no século XX tornou-se museu.
É um dos principais pontos
turísticos da cidade, e pode ser visto, no alto da colina, de quase toda a
cidade. É muito lindo e de lá você tem uma vista primorosa da cidade inteira. Sua
visita é quase obrigatória e vale cada minuto.
Como ele possui parte
interna e externa, reserve um tempo para conhecê-lo. Aproveite e tome um café
ou uma taça de vinho no café que fica no mirante, nas ruínas do antigo paço
real.
Você consegue chegar ao
Castelo com o Elétrico 28, mas fique atento ao motorista, pois a parada não é
em frente, já que o castelo fica em ruas estreitas.
Outra opção é subir em
algum dos elevadores de Alfama, rodar por Alfama (bairro mais antigo) e então
ir a pé ao Castelo no meio do passeio.
Dia 3
Belém e suas atrações
(Mosteiro dos Jerônimos, Torre de Belém, Parque do Descobrimento, Confeitaria
dos Pastéis de Belém e o novo Museu MAAT). Na volta, parando para conhecer a LX
Factory e o Rio Maravilha.
Para chegar a Belém, use o
moderno Elétrico 15E e aproveite a vista durante o passeio. Desça na parada de
Belém-Jerônimos.
Mosteiro dos Jerônimos
Sem dúvida é um dos
mosteiros mais bonitos da Europa e uma das maravilhas de Portugal. É
imperdível!
Sua construção levou quase
100 nos, terminando no séc. XVI.
Seu estilo leva o nome do
Rei que o encomendou, estilo manuelino, em razão de Dom Manuel I. Foi um dos
períodos mais prósperos de Portugal, com cofres cheios em razão das Grandes Navegações,
que chegaram as especiarias das Índias, além do Novo Mundo com Vasco da Gama e
Pedro Alvarez Cabral (Brasil).
O mosteiro é, portanto,
símbolo máximo desse tempo glorioso e fica às margens do Tejo, justamente por
ser o local de partidas das naus portuguesas. Além disso, foi construído sobre
as bases da Igreja de Santa Maria de Belém, que é a Padroeira dos marinheiros.
Desde que a Ordem dos
Jerônimos foi expulsa de Lisboa pelo Marques de Pombal, o local passou a ser
uma instituição de caridade e museu.
Impossível não se
deslumbrar com a suntuosidade deste templo, as naves, as colunas, as fachadas,
os altares, capelas e túmulos, tudo parece ter sido construído de forma
detalhada por um artesão exigente, que talhou pedra por pedra até chegar a este
resultado que vemos ainda hoje.
Uma vez dentro do templo,
não se limite à igreja, visite o
claustro para contemplar a beleza de seu jardim por alguns minutos
e sentir um pouco a paz do monastério.
Além da beleza e
grandiosidade do mosteiro, vale ressaltar que alguns portugueses ilustres foram
sepultados por lá, a exemplo de Vasco da Gama e Camões, que não poderiam ter
descansado em lugar melhor: à beira do rio Tejo, que tanto inspirou navegadores
e poetas.
- Funcionamento: De
outubro a abril, das 10h às 17h30. De maio a setembro, das 10h às 18h30.
- Custo: €
10 para adultos
- Como chegar: elétrico (bonde) 15, ônibus 28, 714, 727, 729 ou 751 e trem para a estação Belém
DICA: Topo Belém – caso queira
uma paradinha para um drink em outro rooftop bem top, é hora é agora. No Centro
Cultural Belém, entre o Mosteiro e o Padrão dos Descobrimentos, há um bar/restaurante
na cobertura que é lindo e elegante. Fica no 3º andar, num ambiente bem
sofisticado. Excelente pedida ara um drink ou mesmo almoçar.
Ele fica separado do
Mosteiro pelo Jardim de Belém, que também é belíssimo! Não deixe apreciá-lo
pois é um local aprazível, que rende boas fotos - e ainda dá para descansar um
pouco as pernas.
O Padrão dos Descobrimentos é monumento
em formato de caravela como se fosse sair pelo Tejo em direção às novas terras,
numa homenagem clara às grandes navegações e aos países conquistados no século
XVI e aos grandes navegadores, como Pedro Álvares Cabral, Vasco da Gama e
Fernão de Magalhães.
É possível subir no alto
da torre para ter uma vista completa do bairro e do Tejo, bem como detalhes o
mapa feito em pedras portuguesas no chão lá embaixo (rosa dos ventos).
Torre de Belém
Vá seguindo com calma
pelas margens do Tejo em direção ao maior símbolo de Portugal – a Torre de
Belém. É uma linda fortaleza manuelina! Fica no local de onde partiam as naus
dos descobrimentos.
Além das informações
históricas, é muito interessante conferir o interior da construção medieval.
Ela é extremamente
fotogênica e um passeio obrigatório!
Confeitaria de Belém
Caso goste de pasteis de
nata, você deverá parar no legítimo pastel de Belém original na Antiga
Confeitaria de Belém.
Aqui no Brasil chamamos
qualquer ‘pastel de nata’ de Pastel de Belém, mas em Portugal isso é um pecado!
De Belém é aquele que se vende especificamente nesta confeitaria, que produz o
doce desde 1837 e mantém a receita em segredo até hoje.
Mas, prepare-se para
filas. No entanto, saiba que o local é imenso e portanto anda rápido.
OBS.:
No entanto, a confeitaria Pastéis de Belém, produz hoje cerca de 15.000 pasteis
por dia, e, portanto, tem uma produção muito industrializada. Para quem prefere
o pastel feito de forma artesanal e mais crocante, o lugar ideal é a
Confeitaria Nacional ou Manteigaria, já citados no dia 1.
MAAT (Museu de Arte,
Arquitetura e Tecnologia)
Bem novo no cenário da
cidade, foi aberto em 2016. Além de exposições, o museu em si tem um visual
futurista e sofisticado. Vale a pena conferir o novo local, também às margens
do Rio Tejo.
O interessante é que o
museu tem um imenso terraço ao ar livre em sua cobertura e o acesso ao local é
gratuito. O por do sol ali é primoroso!
Ao lado do Museu você terá
a surpresa de um lindo jardim.
Funciona diariamente, das
11h às 19h. Terça-feira é fechado. Custa 5 euros.
LX Factory/Rio Maravilha
Mais um espaço criado há
relativamente pouco tempo, em 2005,por uma empresa do ramo imobiliário. Era uma
área industrial abandonada, que foi transformada num incrível espaço cultural e
gastronômico.
É uma espécie de rua fechada
por um grande arco, com as antigas fábricas funcionando como bares,
restaurantes, galerias, além de fachadas com painéis divertidos e muitas
vitrines interessantes. Ficaram os 11 prédios construídos em outros tempos e
todos os outros itens que fizessem parte das características do local. Uma obra
de incrível originalidade, que aqueceu uma área até então esquecida Desde 2008
transformaram a região em uma ótima opção de passeio.
O ideal é chegar no meio/fim
da tarde. Todas as lojas já estarão abertas e os barzinhos e restaurantes
estarão funcionando com força total. É o melhor momento para encontrar
portugueses e turistas dos mais diversos locais do mundo batendo perna pelas
ruazinhas do espaço.
Uma ótima opção para refeição de qualidade e drinks em ambiente animado e com vista privilegiada é o Rio Maravilha.
Uma ótima opção para refeição de qualidade e drinks em ambiente animado e com vista privilegiada é o Rio Maravilha.
Aos domingos, uma feirinha
também toma conta do local, com banquinhas de brechós, artesanatos e outros
itens.
Pegue o Eléctrico 15 e
desça no Calvário, na rua Alcântara. Paralela a ela está a rua Rodrigues de
Faria, onde está a entrada do LX Factory.
Dia 04
Eu sugiro que no quarto
dia em Lisboa, você faça um bate e volta. Um dos mais recomendados seria a
lindíssima cidade de Sintra.
Mas não faltam opções para
bate e volta a partir de Lisboa. Além de Sintra, podemos destacar Cascais,
Espinho, Estoril, Óbidos, Peniche, Setubal, Tomar, Fatima, Evora entre outros.
Dia 05
Agora sim, após conhecer
toda a região histórica e transada de Lisboa, bem como algum passeio nas
redondezas, havendo tempo, vale a pena conhecer essa bela área moderna da
cidade.
Pra quem viaja com
criança, talvez inserir o Oceanário de Lisboa nos primeiros dias, pode ser
interessante.
Avenida Liberdade
Caso você não tenha ainda
caminhado pela Avenida da Liberdade, hoje é o dia. É uma belíssima avenida, uma
das quais foi construída pelo genial Marques de Pombal, trazendo a ideia de
ruas largas e seguras. Ali estão alguns dos melhores hotéis da cidade.
Parque Eduardo VII
Um imenso jardim imaculadamente
cuidado. O parque tem uma enorme bandeira portuguesa em um mirante de onde é
possível tirar fotos magníficas do jardim e da cidade lá embaixo, até o Rio
Tejo.
Parque das Nações
Em seguida, pegue o metrô
e siga para a Estação Oriente, para visitar o famoso Parque das Nações.
Trata-se de um complexo
imenso que foi construído para a Expo 1998. Possui um projeto inteiramente
diferente do restante da cidade, e por isso, divide opiniões.
Ao chegar, observe
apropria estação do metrô. Foi um projeto do famoso arquiteto espanhol Santiago
Calatrava (assim como o Museu do Amanhã no Rio e a Puente de las Mujeres de
Buenos Aires) que utiliza formas bastante fluidas em seus projetos.
Depois, vá em direção ao Shopping
Vasco da Gama, logo em frente, para sair junto a Alameda dos Oceanos, que
margeia a orla do bairro.
Nessa Alameda você verá
várias esculturas e obras de arte ao ar livre. São vários pavilhões como
Pavilhão de Portugal, Pavilhão do Conhecimento. Praticamente um museu a céu
aberto.
Oceanário
Em meio a tudo isso você
chegará ao Oceanário, que é um imenso aquário.
O Oceanário é dedicado
especialmente à vida marinha e apresenta elementos da fauna e flora tanto do
mar quanto terrestre de regiões dos oceanos Atlântico, Pacífico, Índico
e Antártico. São mais de 30 aquários com 7 milhões de litros de água
salgada e centenas de espécies aquáticas, incluindo tubarões e pinguins.
Telecabine de Lisboa
(teleférico)
Você deve se dirigir um longo
deck de madeira sobre o Tejo, onde há a entrada do Telecabine de Lisboa
(teleférico), que une os extremos do bairro, de norte a sul do Parque das
Nações, proporcionando uma vista panorâmica do bairro. A viagem dura 8 minutos.
Essas são as principais atrações e um roteiro indicativo de como aproveitar bem seu tempo entre os sobes e desces de Lisboa.
Para maiores informações e dicas de sabores e restaurantes de Lisboa, clique AQUI
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