terça-feira, 17 de dezembro de 2019

Otranto - a melhor base da Puglia

Maio/junho


OTRANTO e REGIÃO

No caminho para Otranto, é possível passar por Lecce, considerada a Firenze do Sul. Como tínhamos 4 dias em Otranto e arredores, nos planejamos para curtir as vistas de praias nos dias mais ensolarados, Lecce o dia de pior clima.

Quantos dias: eu separei 4 dias para conhecer a região da ponta do salto da bota. Mas fui ainda em maio e sem a pretensão de, de fato, curtir as praias. Para quem pretende curtir as lindas praias, aumente o tempo de permanência.

Época do ano: essa pergunta depende muito dos seus objetivos. Se o objetivo for turistar (ver as cidades, admirar as vistas do mar, etc), a primavera e o outono são ideais.

Abril ainda está um pouco frio, em razão dos ventos, mas para quem quer focar nas cidades, estará tudo bem mais vazio. Maio o movimento começa a aumentar, fica mais quente, as mesinhas vão para a calçada e o povo está mais feliz. Já venta menos nas praias, favorece o ar livre. Mas as praias em si ainda estão frias e quase desertas (exceto as que são coladas nas cidades maiores), muitos lidos ainda estão fechados (bares/restaurantes de praia, com mesinhas e cadeiras de aluguel – estrutura de praia). Junho a temperatura aumenta, já podendo até fazer calor demais para quem deseja turistar. Para quem quer curtir praia, seria o ideal. Julho e agosto as praias estão lotadas, hotéis cheios e caros, cidades animadas mas um pouco caóticas. Não espere ver paraísos em ambientes lotados. Setembro e outubro volta a esvaziar e ainda quente.

Para ir no inverno numa região praiana, você deve estar ciente que perderá muito do brilho e da luminosidade dos locais. As cidades estarão bem vazias (oque algumas pessoas adoram), não haverá nenhuma mesinha em praças, calçadas ou mirantes. Todos os “lidos” fechados. Mas, as vezes é o que temos e ás vezes é o que gostamos.


Praia deserta, lidô fechado. Sol , mas ainda frio no final de maio

Sempre bato na tecla que, especialmente em viagem, não tem certo e errado. Tem gosto, money e disponibilidade. De acordo com tudo isso, fazemos o roteiro que é nossa cara! Isso sim é importante.

Mas vamos la!!! Vou falar sobre Otranto e sobre alguns passeios próximos que achei que valem muito a pena! Me apaixonei pela Puglia quando cheguei em Otranto. É surreal de lindo! Tudo!

Essa região une as cidades históricas, fortalezas, castelos, com um mar azul inacreditável, formações rochosas lindíssimas, lidos charmosos, boa comida, bons vinhos e um povo simpático e amistoso. Perfeito em todos os sentidos!! Espero poder voltar um dia!


OTRANTO

Otranto é repleta de cultura, história e belezas naturais. É inexplicável você estar em um castelo/fortaleza, com traços da Grécia, ao lado de um mar azul turquesa e praias lindas de doer os olhos.




A cidade é absurdamente linda e tudo em seu entorno é também impressionante. Tinha visto fotos de tudo, mas a realidade local me chocou positivamente. Eu não esperava tanta beleza.

Considero a base mais do que perfeita para quem quer curtir essa ponta do salto da Itália. Praias paradisíacas e cidades medievais. Isso é o que você vê na região e Otranto fica em meio a tudo!




O centrinho histórico de Otranto é todo murado, fortificado e fica no entorno do Castelo Aragonese. Ruas estreitas e com chão de pedra onde você vai encontrar uma mistura de residências com lojas de souvenir (coisas lindas e outras bizarras) e artigos locais, tudo isso num tom clarinho e com muita simpatia local, um encanto sem igual.





A cidade histórica de Otranto

Você pode entrar na cidade antiga por 2 entradas...uma seria pelo Castelo Aragonese e a outra pela Porta Alfonsina. Se puder optar, creio que a Porta Alfonsina (parte baixa da cidade) te dê uma visão melhor da fortaleza. Mas, no fundo dá no mesmo, já que você andará de uma para a outra...


Porta Alfonsina

Ao chegar a Otranto, a primeira coisa que impressiona com as muralhas defensivas, e a entrada é através da Porta Alfonsina.




Cabe aqui uma ressalva histórica...a localização da cidade, sempre a fez muito disputada, uma vez que possui um porto muito estratégico. Com isso foi palco de muitas invasões e sempre ameaçada, obrigando cada povo que a conquistava a incrementar suas defesas.

Tudo começa quando os colonos gregos fundaram a aldeia em plena expansão da Magna Grecia. Ao longo dos séculos, Otranto foi conquistada pelos lombardos, bizantinos, Angevins, Aragoneses e turcos, Venezianos (quando não havia uma Itália unida) e também nas mãos dos franceses. Portanto, uma longa fila de povos alternaram no controle da cidade, o que inevitavelmente deixaram sua marca. A cidade ainda preserva os sinais desses passos, com vários tesouros artísticos, uma vasta cultura, e obras arquitetônicas que se mantêm até os dias atuais.

Em frente a Porta Alfonsina, hoje, é uma imensa área de ponto de controle, fortaleza, mar e pedras. As vistas que se tem dos mirantes dali são inacreditáveis!


CASTELLO ARAGONESE

É uma antiga fortaleza militar construído entre 1485 e 1498 por Fernando I de Aragão, sob a base de edifícios militares já existentes e obras Suábias e Turcas. Ou seja, o Castelo não foi feito por Fernão de Aragão. Mas ele reforçou as defesas da cidade, e acabou dando nome ao Castelo.




O castelo tem uma forma pentagonal, rodeado por um fosso de proteção, tem três torres cilíndricas e um grande brasão pertencente a Carlo V acima da entrada principal. A Capela no primeiro andar é parcialmente afrescada. No andar inferior, há uma série de pequenos becos, galerias, e pequenos ambientes, um subterrâneo visitável. Atualmente é um Museu e é usado como um teatro e local para exposições e eventos culturais.

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Porto

O porto, que foi cenário de comércio, tráfico,  local das principais atividades econômicas de Otranto, com base principalmente na pesca. Mas agora é o turismo que impulsiona o local.





Durante muito tempo o porto era a estação de partida e de chegada para os barcos que ligavam à vizinha Grécia e também à Albânia, e que hoje oferece inúmeros serviços de transporte e de atividades marítimas.

A região é muito bonita, com vários barcos “estacionados” no mar azul, bem ao lado da fortaleza de Otranto. A transparência da água,  mesmo na zona portuária,  é impressionante!


Bastione dei Pelasgi

Seguindo em direção a parte interna da fortaleza, logo se vê uma placa para a Torre Bastione dei Pelasgi.  Não deixe de ir. De cima da torre se tem uma vista privilegiada, especialmente do Proto e da orla da cidade.


Bastione
Vista do  Bastione


Bar charmoso que funciona ao lado da torre



CATEDRAL

Catedral de Santa Maria Annunziata, tem imenso valor artístico e histórico, que remonta ao século XI. A igreja é muito impressionante.





Ali ainda existem os esqueletos de 800 fiéis que foram massacrados durante a invasão muçulmana de 1480, por terem recusado a renunciar sua fé cristã. O massacre dos mártires de Otranto é uma das mais dolorosas e tristes paginas da história da cidade. Visite a Capela dos Mártires com os ossos destes.





Outro tesouro preservado na igreja é o chão de mosaico, uma obra que descreve a “Árvore da Vida”, e é considerado por muitos especialistas uma enciclopédia do cristianismo. Na verdade, ele retrata vários episódios do Antigo Testamento, em geral, a maneira que o homem tem que fazer para ser purificado do pecado original e alcançar a salvação eterna. Também contém muitas referências pagãs e numerosos vestígios do papel histórico e simbólico que Otranto tinha como ponte entre Ocidente e Oriente.





Igreja de San Pietro

Outro edifício religioso para visitar é a Igreja de San Pietro, uma arquitetura de estilo bizantino-grego e famosa pela riqueza dos afrescos preservados nela. O nome é devido à crença de que São Pedro passou a partir daqui, a caminho da Palestina a Roma. Em qualquer caso, é a igreja mais antiga de Otranto, traçando seu núcleo até o quinto século.


Corso Garibaldi

É a principal rua comercial da cidade histórica (Borgo antico) e é linda, toda de pedras. A partir dela, saem várias ruazinhas lindas, que forma quase um labirinto.




Na Corso Garibaldi existem inúmeras lojas, abertas até tarde da noite, onde você pode encontrar de tudo, desde lembranças e produtos locais. Dá-se a impressão de voltar no tempo, com as casas, escadas, pátios, lojas, atmosferas de uma vez.




É uma delícia andas pelas pequenas vias, descobrindo cenários escondidos e desfrutando da hospitalidade do povo de Otranto. Cada canto é uma descoberta maravilhosa, uma igreja com vista para o mar por exemplo. Um bar, um restaurante, becos floridos...cada hora temos uma surpresa. Se permita caminhar sem pressa.




Entre outras coisas, nas bordas de algumas casas, localizadas nas ruas cênicas, você pode ver algumas grandes bolas de granito, que foram catapultadas no bombardeio Saraceno em 1480, para que não se esqueça a tragédia que se abateu sobre os habitantes de Otranto.


Piazza del Popolo

Nesta praça está a “Torre dell’Orologio (relógio), que foi construída em 1799. Em uma parede lateral, o antigo brasão da cidade de Otranto, uma cobra negra que rodeia uma torre, pode ser visto. O relógio também foi restaurado como parte de algumas obras de renovação recente.


Porta a Mare

Posteriormente, entre cafés e bares, você pode chegar à Porta a Mare, através do qual, através de uma escadaria de madeira longa, é possível chegar ao porto.



ORLA DA CIDADE

 A praia de Otranto é linda e sempre lotada, pelo menos no auge do verão. Pela orla você encontra alguns lidos (é assim que são chamadas as barracas de praia na Puglia), restaurantes e sorveterias. A água é azul turquesa e calminha.







LIDO FUORIROTTA (2 km de Otranto)

Esse lido fica pertinho de Otranto e é super agradável. O restaurante é bem gostoso e praia é toda cercada por pedras, o que deixa ela sem ondas e bem rasinha. Só abre a partir de junho! Mas tem outros abertos nas proximidades.





PASSEIO DE BARCO

Para quem pretende fazer o passeio de barco pelas praias e grutas da região de Otranto, pode valer a pena alugar um barco privativo, assim você pode aproveitar as praias, grutas e por quanto tempo desejar. Caso seja o caso, conhecer a gruta Mulino D’acqua, que é um cartão postal.  


ONDE COMER

 Quando o sol começa a se pôr, os moradores descem vão ao  lungomare, o passeio à beira-mar, para uma “socialização”, que é coisa típica do interior. La passeggiata é um passatempo favorito da noite em cidades pequenas em toda a Itália. Uma parada no Pasticceria Martinucci  para um gelato é uma necessidade absoluta.


Restaurante AL TARTUFO; Ótimas massas e local agradável a preços razoáveis.

II MAESTRALE :  Lugar gostoso, na orla de Otranto, para tomar um drink no fim de noite. Fica bem cheio e é uma delícia.  O lugar é simples, praticamente um quiosque chique. Mas todos vão pra lá ver o por do sol.








Restaurante L'Ora do Mezzo : fica bem no centrinho de Otranto, bem próximo ao Castelo. Fica bem cheio a noite é a comida é muito gostosa e o atendimento. Os preços são medianos, mas vale a pena. 








OBSERVAÇÃOEm curtas distâncias da cidade de Otranto, estão uma série de praias, cidades históricas, lidos, mirantes que proporcionam algumas das mais lindas vistas da vida!!

Esses locais merecem um post específico que é Otranto – arredores!




sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

Lecce - a cidade barroca da Puglia


Nessa viagem já passamos por Matera, Alberobello (e região). Lecce faz parte da terceira parte da viagem, que envolve a região litorânea (e lindíssima) da Puglia.


Nossa base seguinte foi a cidade de Otranto, numas das partes mais lindas do litoral da Puglia. Escolhi essa base porque, como seriam dias de visitas a praias e locais com vista para o mar, achei que ficar numa cidade costeira e bonita, já nos deixaria no clima correto para os passeios.

Mas a grande maioria das pessoas acaba ficando em Lecce, por ser uma cidade também histórica, de médio porte, mais opções de hotéis e bem no Centro dessa região. Eu fiquei em Otranto e ficaria novamente, pois achei sensacional. Passeava durante o dia e ao chegar a Otranto, sempre tinha algo bom para ver, nem que seja sentar num lindo local cm vista para o mar.

Mas isso é escolha pessoal. Lecce é uma boa base também, é linda e é considerada a Firenze do Sul.

Caso você fique em outra cidade que não Lecce (como eu fiz), sugiro que você deixe para visitá-la no dia que o sol não aparecer. Assim você deixa o litoral para os dias de melhor tempo. No meu caso, no dia de sair de Alberobello para Otranto, o clima estava bem mais ou menos. Aproveitei para fazer um pit stop em Lecce, que ficava no caminho.

ATENÇAO: a possibilidade de fazer pit stop em alguma cidade é sempre muito útil num roteiro (pit stop = visitar uma cidade situada entre a cidade que você estava e a cidade que irá se hospedar depois). Mas, existe SEMPRE um risco envolvido no fato de deixar seu carro com todas as malas, estacionado. Não existe nenhum lugar 100% seguro. Mas, alguns cuidados são essenciais para que você minimize seus riscos.

1     1)    Jamais deixe malas aparentes no carro. Seu carro deve ter tampa na mala, de forma que não fique visível que está com malas. TODAS as malas, sacolas, bolsas, etc devem estar no bagageiro, fora da visão.

2       2)    Para que o pit stop seja viável isso você tem 2 opções: ou leve poucas malas ou alugue um carro que seja compatível com sua bagagem. Ou seja, quem quer levar o armário nas costas ou comprar tudo pelo caminho, vai ter que alugar um carro maior (e mais caro) ou abrir mão de fazer pit stops.

3       3)    Ainda que a mala do carro caiba tudo, no local de saída ou ao menos em qualquer outro ponto, que não onde vai estacionar, tire do bagageiro tudo que pretende levar com você no passeio do pit stop (agasalho, guarda chuva, echarpe, material fotográfico, lanches etc. TUDO). E, igualmente, guarde tudo que não irá usar, para que não fique aparente no carro. Isso para que, ao estacionar seu carro para passear, você não tenha que abrir o bagageiro, mostrado a todos que está deixando ali um carro cheio de malas! Jamais abra o bagageiro em local que sairá de perto.

4       4)    Caso esteja de trem ou ônibus, certifique-se, antes de fazer os planos, se a Estação possui bagageiros para o tamanho de suas malas (nos sites costumam ter essa informação), sob risco de você ter que fazer todos os passeios carregando as malas.


LECCE

Lecce é especial porque é uma das capitais do Barroco italiano, conhecida merecidamente como a Florença do Barroco ou a Florença do Sul. Fica no “salto da bota”, bem no sul, na península do Salento, entre o Mar Jônico e o Mar Adriático.

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Os vestígios arqueológicos encontrados em Lecce indicam sinais desde a Idade do Ferro, pela expansão da Ilha de Creta. Fez parte do Império Romano e ainda hoje as ruínas das construções romanas podem ser vistas no centro, como seu Anfiteatro.

Com a queda de Roma, Lecce sofreu várias invasões e passou sob o domínio dos Bizantinos. Durante esse período a cidade perdeu importância comercial e somente com a chegada dos Normandos, no ano 1000, recomeçou a crescer. Foi justamente durante a dominação Normanda foram construídos importantes monumentos, ainda hoje existentes, como a Catedral (Duomo) e os mosteiros dei Santi Niccoló e Cataldo e de San Giovanni Evangelista.

Mais tarde, graças ao Imperador Carlos V, Lecce voltou a ser um dos centros mais importantes do sul da Itália. Em meados de 1600 teve início a construção dos principais monumentos barrocos que hoje são o símbolo da cidade.

Importante.: Os moradores fazem a siesta entre 14 e 17hs


O barroco de Lecce

Uma das principais características de Lecce é o uso da chamada “pietra leccese“, uma rocha calcária muito maleável, de cor branca com nuances douradas, ideal para a realização de esculturas. O barroco de Lecce foi muito influenciado pelo estilo espanhol, sendo rico de ornamentações, principalmente nas fachadas. As tonalidades muito claras dos edifícios dão um toque único ao centro histórico.

E esse estilo não foi usado somente nas igrejas e palacetes, mas também nas fachadas das residências particulares.


O que fazer

O centro histórico é relativamente pequeno, ideal para se conhecer a pé. Possui vários cantinhos charmosos para tomar um vinho Primitivo (típico da Puglia) ou experimentar o famoso caffè leccese (café, leite de amêndoas e gelo).




Porta Rudiae: Assim que você ultrapassa a Porta Rudiae, percebe que a cidade é dourada. Siga ela Via Libertini e vá observando suas várias Igrejas pelo caminho, bem como lojinhas, cafés e outros. Essa rua é uma exposição ao ar livre de arquitetura barroca em pietra leccesse.


Porta Rudiae

Ruas Douradas de pietra leccese

Entre elas a belíssima Basilica di San Giovanni Battista, do século XVI-XVII e a Chiesa di Santa Teresa, igreja barroca de 1620.


Duomo e piazza del Duomo : a exuberante catedral, construída em 1144 e reconstruída em 1659 em estilo barroco, é sem dúvidas um dos monumentos mais bonitos da cidade. Fica no final da Via Libertini. Decorada com vitrais, detalhes em ouro e altar de mármore.




Já a Piazza del Duomo, e uma praça com a característica por ser quase toda fechada, ou seja, só tem uma entrada (ampla). Os outros 3 lados são completamente obstruídos por prédios. Na Praça da Catedral, além da igreja de duas fachadas, vemos também o Palácio Episcopal e o Seminário.





Via Vittorio Emanuele II : uma das ruas principais, com fachadas claras e uma pavimentação em pedra. Bistrôs e lojinhas completam a “decoração”.




Piazza Sant’Oronzo : no fim da Via Vittorio Emanuele II fica a praça, o coração da cidade antiga. Aqui ficam o Anfiteatro (séc I a.C) e a Colonna del Santo (coluna romana com o padroeiro).




O anfiteatro foi descoberto apenas no início do século XX por alguns trabalhadores durante a construção do edifício do Banco da Itália. Estava todo coberto, embaixo da cidade (ainda não é 100% visível). O anfiteatro é o indício mais importante do período romano e tinha capacidade para cerca de 14.000 pessoas.




Esse é o coração da cidade e seu ponto turístico mais famoso. A espetacular praça oval cujo chão é decorado pelo brasão da cidade feito em mosaico: uma loba embaixo de uma árvore com uma coroa de cinco torres.

Castello Carlo V : perto da Piazza Sant’Oronzo e do Anfiteatro fica o forte construído pelo imperador Carlos V em meados de 1500.





Chiesa di Santa Croce (Basilica de Santa Cruz): seguindo pela Via Umberto I, fica a basílica, o monumento barroco mais importante de Lecce e um dos mais significativos da Itália. A construção foi iniciada em 1353 mas foi terminada somente em 1695. Possui uma riqueza de detalhes na fachada principal, com uma rosácea e um terraço decorado com cariátides. Já em seu interior, possui um padrão renascentista.




Palazzo dei Celestini : fica ao lado da igreja, foi um antigo mosteiro da ordem dos celestinos. Hoje é sede de órgãos do governo. É lindíssimo!






terça-feira, 3 de dezembro de 2019

Locorotondo e Cisternino


LOCOROTONDO, CISTERNIDO

Locorotondo e Cisternino são considerados alguns dos borgos mais belos da Puglia.  Essas  duas cidades têm em comum são as muralhas, as ruas estreitas, os sobrados pintados de branco, muitas flores, bons vinhos, o azeite, a serenidade, a influência grega e a localização.



Infelizmente, no dia da minha visita chovia bastante ou, nos melhores momentos, stava bem nublado. Isso atrapalha um pouco o movimento na cidade, a vibração, as cores das fotos entre outros. Mas, como as cidades são bem brancas e floridas, ainda sim foi possível ficar maravilhada com alguns cantinhos...

Resta observar que, afora eventual refeição em uma ou outra cidade, com cerca de 2 ou 3 horas você consegue conhecer ambas com muita calma! São bem pequenas!


                                                   LOCOROTONDO

O centro histórico fica no topo de uma colina. Seu nome dá pistas da configuração da cidade. Loco = lugar + rotondo = redondo. Então, dá para imaginar o charme desse "Lugar Redondo" todo cercado por muralhas. No interior se esconde uma cidade repleta de casas brancas, com balcões floridos e ruas estreitas pavimentadas com pedras, por onde circulam apenas pedestres.

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Há indícios de que a cidade tenha essa formação desde 1086. Mas, além de suas muralhas, Locorotondo se espalha por 140 distritos que produzem bons vinhos brancos.




Uma boa ideia é almoçar em Locorotondo em algum restaurante da Via Nardelli tendo o visual do Vale da Itria à sua frente e provar o vinho local. No dia da minha visita, devido a chuva, o local não estava muito atrativo. Mas em um dia de sol, considero essa pedida maravilhosa.



Perca-se pelas vielas esparramadas ao redor da Piazza Rodio e as Igrejas escondidas por todo lado. A Igreja Madre e a Anunciação são geminadas. Há ainda a San Nicola, a Dell"Addolorata, a Madonna del Socccorso. Além disso tem a Torre do Relógio e o Palácio Morelli, uma belíssima construção barroca.





A cidade toda é muito bonita e agradável de caminhar.




Saindo pela Porta Nova tem outras duas igrejas: a Madonna della Greca e a de San Rocco. Também há outra porta de entrada que se chama Porta Napoli. A cidade é muito pequena e pode ser percorrida em menos de uma hora.



Almocei numa pizzaria que estava bem movimentada e fui seduzida pelo ambiente quentinho e pelo aroma do forno a lenha. O escolhido foi a Pizzaria Casa Pinto e eu recomendo fortemente. É bem tradicional e foi a melhor pizza que já comi em toda a Itália! E olha que já fui a Itália muitas vezes e sempre como pizza!!




CISTERNINO

É ainda menor do que Locorotondo e igualmente charmosa. A cidade é murada, florida e com vielas muito estreitas e também muito florida.







Entre pela Torre Grande ou Normanno Sveva, que é a principal porta de entrada da cidade. A seguir você encontrará muitos prédios históricos como o Palácio do Governador, Palácio do Bispo, Palácio Amati, Palácio Lagravinese e a Torre Capece, além da igreja de São Nicolau construída para os monges e da Madonna de Bernis fora do centro histórico.


As casas em cone, chamados trulli, famosos na região e em Alberobello


Cisternino é conhecida por sua torre de 17 metros com a imagem de San Nicola di Bari no topo.

Outra peculiaridade de Cisternino são os açougues-restaurantes, lugares que atraem turistas do mundo todo me que são chamados de “fornelli”. A cidade que transformou a degustação das melhores carnes no seu cartão de visitas. O cliente escolhe na vitrine do açougue um ou mais cortes de carne. Eles são então pesados e preparados na hora, na brasa.

Alguns dos “Fornelli” indicados em Cisternino:

Antigo Borgo: Via Tarantini, centro histórico
Zio Pietro: Via duca d´Aosta, 3
Al Vecchio Fornello: Via Basiliani, 18

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Meu roteiro: nessa viagem de 21 dias, fiz um roteiro bem completo que começou em Matera, passando para a Puglia, Calabria e Sicilia. Todos com matéria no blog.

Base
Noites
Visitando
Matera
2
Matera e Altamuros
Alberobelo
3
AlberobelloPolignano Al Mare, Monopoli Ostuni, Locorotondo e Cisternino
Otranto
4
Lecce, Otranto, Grotta dela Poesia, Termas de Cesarea, Baia del Turchi, Porto Badisco, Punta Pizzo, Gallipolli
Taranto
1
Porto Cesareo,  Punta Proschuito e Taranto
Maratea
2
Maratea, Isola Dino, San Nicolla Arcella e Praia a Mare
Tropea
2
Diamante, Tropea e Capo Vaticano
Reggio di Calabria
3
Reggio, Scilla
Taormina
3
Taormina e Catania


Taormina - A pérola da Sicília

CHEGANDO NA SICÍLIA Travessia : estávamos hospedados em ReggioCalabria e portanto seguimos de carro para a Villa San Giovanni. Desse ...