quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

Reggio Calabria - a linda cidade da ponta da bota italiana


Saindo de Tropea (com muita tristeza), seguimos para a nova base ainda na Calábria. No planejamento dessa fase,  meu plano era ficar em Scilla, uma cidadezinha apontava como das mais bonitas da Calabria, juntamente com Tropea. Vi diversos blogs exaltando as belezas de Scilla. Alguns também elogiavam muito Reggio di Calabria. Logisticamente era semelhante. Cheguei a reservar hospedagem em Scilla quando, ao fazer o roteiro detalhado fui tendendo por Reggio di Calabria. O local de embarque do navio para a Sicilia (próximo destino) sai de San Giovanni, que fica entre as 2 cidades.

MAPA

Faço essa introdução para dar uma dica importante: SIGAM O SEU FEELING! Claro que blogs são o ponto de partida para os roteiros e onde se obtêm as maiores e melhores dicas. Mas não é tudo! Somos pessoas individuais, nos sensibilizamos por coisas diferentes, nos encantamos por lugares diferentes. Então, com prós e contras de cada uma em mãos, tomei a decisão de alterar a minha base para Reggio di Calabria e agradeço todos os dias por ter tomado essa decisão.

Simplesmente amei Reggio...uma cidade grande, mas com uma área litorânea linda e charmosa, um astral meio Rio de Janeiro, com um grande calçadão e pessoas passeando, se exercitando e curtindo o dia. Adorei e recomendo fortemente. Vou até indicar o airbnb que fiquei. Não costumo fazer isso, mas de fato gostei imensamente da localização. Fica numa distância a pé de estacionamento GRATUITO, o apto é lindo, preço razoável e muito muito muito bem localizado.   LINK


Porta do Apartamento que fica no primeiro piso, sem escadas


Area com cafeteira, frigobar, etc





QUANTO TEMPO

Bom, como a cidade em si não tem tantos pontos turísticos, se o objetivo for apenas conhecer a cidade em si, 2 dias são mais do que suficiente para andar em toda a orla, passear pela linda rua de comércio, tomar o melhor sorvete da Calabria e ainda curtir os diversos bares/restaurantes em frente ao mar.

Usando como base para a região, como eu fiz, acrescente os dias do passeio. O passeio que sugiro é conhecer Scilla, a tal cidade considerada das mais lindas da Calabria.

Caso você pense em usar Reggio para um bate e volta para a Sicilia, é possível sim. Em uma distância razoável estão Taormina ou Catania. Mas - presta atenção – eu não indico isso! E porque não? Porque para seguir para a Sicilia você deve ir de barco, pois é uma ilha. Se estiver de transporte público, perderá muito tempo com essa logística (onibus até estação das barcas, tempo da barca, chegada na Sicilia e outro onibus até a cidade escolhida). Se estiver de carro, você perderá menos tempo, mas não sai barato, tendo em vista que terá que pagar para levar o carro na barca. Já de excursão, tem a vantagem de não ter o desgaste da logística, mas, além de caro, também não te sobra tanto tempo para conhecer a Sicilia. Mas, se for sua única opção, nem pense em Catânia (é bonita, mas estamos falando da hipótese de falta de tempo, de bate e volta de 1 dia), escolha Taormina.



ONDE FICAR

A cidade de Reggio é imensa e bem complicada. Muitas ruas estreitas, muito transito e aquele tipo de Italiano de filme...impaciente. Além disso a cidade é cheia de ladeiras. Na verdade, tomando o mar como parte baixa, a partir da orla a cidade vai subindo e se emaranhando cada vez mais. Ou seja, como referência FIQUE O MAIS PRÓXIMO DA ORLA. Na verdade, a dois quarteirões da orla (paralela), está a CORSO GARIBALDI que é a linda rua de comércio da cidade. A Corso Garibaldi já fica mais elevada do que a orla, mas é uma subida que só atrapalha quem tiver dificuldade de mobilidade, pois é uma subida bem leve.


O mar fica embaixo e a rua vai subindo levemente. Essa é a esquina com a Corso Garibaldi

Ou seja, você pode tomar como parâmetros, a Lungomare Falcomata, que é a orla até a Corso Garibaldi (2 ruas acima). Toda a região entre elas ou seu entorno, é de fácil acesso e perto de tudo que você deverá ver na cidade.


ESTEIRAS ROLANTES: Além disso, para facilitar a vida de moradores e turistas, foi construída uma esteira rolante que sai da orla e segue subindo até a Via del Filippini, que fica 5 quarteirões acima da orla. A esteira fica na Via Giudecca (perpendicular à orla, obviamente, e próxima a Villa Zerbi). Essa esteira é composta por sessões – a cada rua a esteira é interrompida, possibilitando que qualquer um entre ou saia na altura de qualquer das ruas cruzadas por ela. E recomeça com outra sessão, subindo cada vez mais. Isso facilita muito e aumenta a área de localização, já que você pode se hospedar mais longe da orla, e mesmo assim ter sua movimentação facilitada. A esteira É GRATUITA.  O único inconveniente é que ela não funciona dia e noite. Estranhamente fica interrompida no horário do almoço e também a partir das 23hs.










REGGIO CALABRIA

É a mais modernizada e populosa das cidades calabresas. Fica na beira-mar, exatamente na pontinha da bota, no estreito de Messina, que separa a Península Itálica da Sicília. Inclusive, nos dias claros, é possível ver, claramente, o famoso vulcão Etna, da orla de Reggio.

OBS.: O vulcão Etna tem frequentes erupções. Inclusive teve uma enquanto eu estava na Itália, mas não cheguei em Reggio a tempo de ver o espetáculos. Quando o vulcão solta lavas, isso é visível de Reggio Calabria. Mas não é perigoso em Reggio, já que fica do outro lado do mar (O Etna fica na Ilha Sicilia). O máximo que pode acontecer é fechar o aeroporto.

A cidade foi muito destruída pelo terremoto ocorrido em 1908, mas já foi inteiramente reconstruída, com uma visual mais moderno, com terreno regular, altura limitada para prédios, ruas largas e quarteirões retilíneos.

Cabe frisar aqui uma informação: Em 2017 o jornal New York Times elegeu Reggio como um dos 52 lugares imperdíveis no mundo!!

De beleza impactante, a cidade é banhada por 2 mares: Jônico e Tirreno, e com uma rica, porém não tão conhecida historia.


História

A história milenar de Régio de Calábria começa por uma origem mitológica de 2000 a.C., para então seguir com a fundação como colônia grega no século VIII. Seu nome era “Reghion”, que do grego significa “separar com força” refere-se à natureza da fenda ou rachadura geológica que levou, nos tempos antigos, a formação do estreito de Messina.

Era uma cidade próspera da Magna Grécia, e mais tarde aliada de Roma. Em seguida, foi uma das grandes metrópoles do império bizantino (dissidência do Império Romano), porém acabou dominada por normandos e anjous e aragoneses. Além disso, foi destruída diversas vezes por terremotos graves em 1562 e 1783. Começou a fazer parte do Reino de Nápoles depois, do Reino das Duas Sicílias, e por fim, da Itália.

Em 1908 sofreu outra destruição, desta vez por um novo terremoto e maremoto terríveis. Foi reconstruída logo depois, no movimento Art Nouveau, porém mais tarde ficou parcialmente danificada pelos bombardeios da Segunda Guerra Mundial. Desenvolveu-se de modo significativo durante o século XX, mas no início dos anos 70 foi protagonista de sérias revoltas locais, que culminaram décadas de decadência. Ainda assim, graças a uma série de administrações bem-sucedidas, a cidade conseguiu se recuperar, voltando a ser a principal de toda paisagem mediterrânea.

Em Régio de Calábria há uma atração pelos mitos e mistérios. Reza a lenda que, ao passear pela orla da cidade em uma noite quente de verão, é possível ver o povoado e as mansões da Costa Siciliana espelhados entre o céu e o mar, a tal ponto de distinguir as pessoas. Se isso acontecer, não tenha medo, é apenas o feitiço de Morgana (Fata Morgana). Essa ilusão de ótica que mais parece uma miragem é quando a atmosfera está calma e o mar, imóvel.

Dizem que até o conde Rogério I da Sicília foi enfeitiçado. A fim de induzi-lo a conquistar a Sicília, com uma varinha mágica, a feiticeira Morgana a fez aparecer tão perto que dava para tocá-la com as mãos, mas o rei normando, indignado, recusou-se a tomar a ilha. E assim, sem a ajuda da Feiticeira, levou trinta anos para conquistá-la.

Quando acontece esse fenômeno a Costa Siciliana (Messina) parece ficar a poucos metros de distância da Costa Calabresa. É possível ver bem as casas, os carros e as pessoas caminhando pelas ruas de Messina. Esse fenômeno, que parece saído de lendas, é real apesar de bem raro. Cientistas já explicaram como o efeito ocorre por ali. Isso acontece quando gotículas do mar, rarefeitas na superfície, agem como lupa. Dizem ser bastante impressionante, mas existem poucos registros, já que leva apenas segundos.


Comendo em Reggio Calabria (e na Calábria como um todo)

Chama muita atenção os excessos calóricos dos habitantes dessa região. A Itália toda já é famosa por suas pizzas e massas. Mas as calorias se somam nessas cidades!

Primeiramente, praticamente tudo que eles comem é frito. Inclusive, os pães e brioches. Nas pizzarias, nada de pizza aos 3 ou 4 queijos. Lá as pizzas são de 7, 8 ou até 9 queijos.  Em algumas ainda bem salames junto!

A comilança dos nativos é realmente impressionante. Vi muitos comendo um pratão de salada de entrada, 1 pizza tamanho do prato com 7 queijos de primeiro prato, um segundo prato generoso de carne e ainda terminam com as sobremesas prediletas deles...canolli ou brioche com sorvete! Nem saberia contar as calorias!

Para quem não me conhece, estou longe de ser uma fanática pela boa forma ou pela comida saudável, mas eu tento...rsrs. Tenho como hábito só experimentar o que parece realmente valer a pena e não "comer tudo que o lugar tem ou comer agora porque é quando tenho a chance.... Evito dar à comida a atenção especial nas minhas viagens. É a minha forma de lidar com meus excessos do passado e conseguir viajar sem me sentir pesada e sem os quilinhos extras, além de bem mais econômico, claro. Dito isso, provei algumas coisas, mas deixei de lado outras, mas irei abordá-las de qualquer maneira.

1- Brioche com sorvete: sim, em todo o sul da Itália isso é comum. É um brioche bem grande, que é frito. Depois eles abrem ele ainda quente e colocam 2 ou 3 BOLAS de sorvete dentro. Cena comum é ver pessoas comendo isso de sobremesa ou de lanche pelas ruas. Seria como o nosso “sonho”, sendo que o brioche deles é maior mas parece ser mais aerado. E o recheio, ao invés de uma camada mediada de creme ou doce de leite, tem uma quantidade absurda de sorvete. Não provei, pelo simples motivo que não tive nenhuma vontade. Não me parece que o sorvete ficaria melhor se comido num brioche. Mas, é bem comum por lá.


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Consegue perceber o tamanho disso???

2 – Aperitivos : muito comum você chegar num restaurante após o horário do almoço e te informarem que não tem mais cozinha aberta, só APERITIVOS. Já haviam me falado para pedir isso no fim da tarde, por ser bem típico dali. Passada a hora do almoço, só se come aperitivos (salgados). Pedi uma breve explicação e pedi 2, achando que eram pequenas porções. Veio uma infinidade de sanduíches, salgados, torradas, pães com pasta, etc, que davam para alimentar uma família de famintos. A maioria dos salgados eram fritos. Minha dica é...peça 1 para 2 pessoas. Se achar pouco, ai sim peça mais.


Esse foi o aperitivo do Sottozero, popular restaurante da orla

Charmoso Sottozero, na Lungomare

3 – Pizzas com muita muita muita cobertura. Aliás, em quase todas as refeições é bom frisar de que o Calabrês costuma ter seus pratos muito fartos.

4 – Peixes, em especial o peixe-espada, que é uma iguaria.

5 - Granitas: é a nossa raspadinha, ou seja, sabores refrescantes de "gelo saborizado", raspado. Fica como um sorbet. Algo como um picolé raspado..mais aguado que sorvete, mas servido em taças.


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Atrações Da Cidade


Lungomare Falcomata: A principal atração de Reggio é, sem dúvida, o seu espaçoso calçadão à beira-mar, que foi descrito como o mais belo quilômetro da Itália pelo poeta Gabriele D'Annunzio. Concordo! Fiquei impactada coma beleza dessa avenida a beira mar.


Bares e restaurantes lindos a beira mar

Largo calçadão, cheio de lindas palmeiras. O mar de um lado e lindos prédios do outro lado

Realmente o local é uma delícia. De um lado o mar, lindo e perfeito, com a Ilha Sicília ao longe, bem como seu imponente vulcão Etna. Diversos bares e restaurantes sobre a praia, possibilitando vistas maravilhosas.





Do outro lado, na parte construída, os prédios de incrível e bela arquitetura vão se sucedendo. Se não bastasse, palmeiras em todo canto, arvores imensas e centenárias, fazendo uma carinhosa sombra em bancos estratégicos. Monumentos ao ar livre para encantar ainda mais.




Tudo isso ainda pode ser coroado por um por do sol magnífico que ocorre iluminando o Etna e o Monumento a Vittorio Emanuelle.


O Vulcão Etna fica bem visível no por do sol

Restaurante Piro Piro...sensacional para o horário do por do sol

Ambiente muito charmoso

Flagramos esse casal de noivos fazendo o book de seu casamento!

 



No final da Lungomare fica uma roda gigante que faz duas voltas e custa 4 euros. Fiz e não achei que valeu tanto a pena, mas a vista é bonita.


 



Villa Genoese Zerbi : chamada de Villa Zerbi, é um importante monumento histórico e também foi um dos centros de exposições da cidade de Régio de Calábria.




Fica na orla, quase no meio da Lungomare Falcomatà, onde, antes de 1860, era a antiga vila em estilo barroco da família Genoese. Após ser destruída pelo terremoto, a Villa foi reconstruída por um versátil projeto elaborado pelos engenheiros Zerbi, Pertini e Marzats em 1915. O prédio, que é um verdadeiro exemplo da arquitetura neogótica, fica de frente a Corso Vittorio Emanuele III.





As esculturas ao ar livre são lindas e fotogênicas, o que, junto com a própria Villa Zerbi, torne o cenário deslumbrante.





O entorno da Villa Zerbi (rua de cima) tem uma série de restaurantes.

É no entorno da Villa Zerbi que fica a esteira rolante que facilita o acesso as ruas mais altas.


Corso Garibaldi: Conhecida em toda a Itália pelo espetacular beira-mar, Reggio também é conhecida pela Corso Garibaldi, bela rua, cheia de prédios de incrível beleza arquitetônica, mas repleta de lojas da moda, bar e restaurantes e pelo maravilhoso panorama. É a principal rua comercial de pedestres de Reggio Calabria e fica no alto da colina e corre paralela ao mar. Passeie por esta longa rua e desfrute de vistas das ruas laterais em direção ao oceano.



Uma observação: todo o comércio da região se interrompe no horário do almoço.






Caso queira, lembre-se que há uma esteira rolante que liga a orla a essa e outras ruas colina acima. A esteira fica perto da Villa Zerbi.





Museo Nazionale della Magna Grecia
End. Piazza De Nava, 26.

Ficou famoso depois que buscas submarinas descobriram, em 1972, os magníficos Bronzi de Riace. São duas figuras guerreiras em tamanho real, lançadas na era dourada da Grécia. Eles foram descobertos por um mergulhador, que se deparou com as estátuas enquanto estava de férias na Calábria em 1972.

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Castello Aragonese : Embora seu nome atual derive da época do domínio espanhol, sob a casa de Aragão, a construção é provavelmente do século VI e passou por diversas reformas e ampliações nos séculos seguintes.




Como Reggio era uma cidade muito importante durante as eras anteriores, o castelo sempre foi mantido e fortificado. É possível subir e caminhar pelas torres defensivas. 

Ele não é tão grande nem impressiona tanto, para quem já viu muitos castelos pela Europa. Ainda assim é bonito e vale a rápida visita, caso tenha tempo para isso.

Ah, o estacionamento gratuito que falei que usei, é o estacionamento do Castelo. Durante o horário comercial não é muito fácil achar vaga ali (embora eu sempre tenha achado, apesar de estar sempre bem cheio), mas ao fim do horário comercial, fica cheio de vagas.


Monumento Vittorio Emanuele: Foi em Reggio di Calabria que Vittorio Emanuele pisou pela primeira vez como o primeiro Rei da Itália após a unificação do Norte com o Sul.

Fica quase no meio da Lungomare Falcomata, sendo portanto passagem obrigatória num passeio pela cidade.



O Monumento é um ícone da cidade e fica orgulhosamente à beira de um calçadão propositadamente construído. Ao lado da estátua você tem uma vista fantástica da reta de Messina, enquanto atrás da estátua é um fantástico anfiteatro público. A estátua em si representa a deusa guerreira Athena Promachos, que é dito para defender Reggio Calabria em tempos de necessidade.




O local é privilegiado para aproveitar o espetacular por do sol da cidade.





   
Termas romanas e gregas: Como grande parte das cidades europeias, o antigo se mistura com o novo. Espalhadas pelo centro da cidade encontram-se termas romanas e gregas.


Palazzo Campanella: conhecido como “a casa de todos os calabreses”, é sede do Conselho Regional da Calábria. Assim intitulado em homenagem ao célebre calabrês Tommaso Campanella, o edifício está localizado na via Cardinale Portanova, no nordeste do centro histórico da cidade, em uma área enorme onde antes ficava uma base militar, e antes ainda, um quartel. (End. Via Quartiere Militare 28). É um pouco afastado da zona costeira.

O palácio tem um aspecto moderno, até um pouco futurista: a construção se estende por oito andares, com a fachada toda em vidro espelhado, em uma moderna sobreposição de ângulos.

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O complexo arquitetônico é formado por vários prédios interligados por passarelas metálicas, que de brincadeira foram apelidadas de “nave espacial”. No centro do Palazzo há uma praça, chamada Agorà, onde fica o salão do Conselho Regional, sustentado por pilares imponentes.


Praia de Reggio Calabria: Em frente ao passeio você pode encontrar um trecho de praia pública e muitos moradores e turistas visitam para simplesmente relaxar e desfrutar do calor do Mediterrâneo escaldante. Embora a praia seja uma mistura de areia e pedrinhas, ainda é um local agradável e o calçadão tem uma infinidade de amenidades que você pode se beneficiar. Ao lado do Monumento de Athena há também vários bares de praia e cafés onde você pode comprar refrescos.








Catedral de Maria Santíssima : Mais conhecida como Catedral de Reggio, esta igreja ornamentada é o edifício religioso mais significativo da região e está localizada na Piazza del Duomo. Criada em 1928, esta é uma estrutura relativamente moderna em comparação com alguns dos outros edifícios antigos da Itália, mas apresenta um design neo-românico clássico. A fachada frontal é feita de pedra creme e mármore e tem quatro colunas decorativas com pequenas torres abobadadas.  O interior é emoldurado por uma série de imponentes colunas de pedra exposta e apresenta uma série de artefatos religiosos, incluindo uma coluna do Milagre de São Paulo.



Gelateria da CESARE : faço questão de colocar essa sorveteria como uma atração da cidade. Reggio Calabria tem uma série de fantásticos vendedores de Gelato, mas o melhor deles é o Da Cesare Gelateria que está localizado na Piazza Indipendenza. Aliás, eu diria que em todo o Sul da Itália, foi o único sorvete que provei digno da Itália (meu parâmetro de sorvete italiano é o delicioso sorvete da Toscana). Mas sou exigente com sorvete. Apesar de gostar de quase todos, não sou de me deslumbrar. Tem sorvetes, e no Sul da Itália provei vários, que são bons, mas não tão diferentes dos sorvetes que provamos aqui pelo Brasil mesmo. Ou seja, são bons mas não chegam ao status de experiência gastronômica...rsrs. Mas o da Da Cesarea, leva o título!

Essa sorveteria já ganhou, por vários anos, o título de melhor sorvete da Itália, desbancando as famosas da Toscana!




Ele fica lá no final da Lungomare, na verdade você deve subir um pouco da colina. Vai procurar uma casa ou loja e não vaia achar. Trata-se de um quiosque verdinho, que poderia passar até desapercebido. Mas, quando você se der conta da fila na porta e do intenso movimento de pessoas por ali, vai saber que encontrou.


É isso aí....quase uma cabine telefônica, mas com um dos melhores sorvetes da vida!

A qualquer hora do dia, há um intenso fluxo de moradores locais e turistas por ali. Carros com moradores voltando do trabalho, param na segunda faixa, atrapalhando o transito, para comprarem seu sorvete. É uma típica cena italiana. Os abusados que param ignorando que estão fechando o transito, daí os carros chegam e buzinam, uns xingam, outros esperam calmamente. Bem divertido observar essa loucura enquanto saboreia o seu sabor escolhido!

A grande variedade de sabores disponíveis inclui napolitano tradicional e baunilha, ou algumas criações estranhas, como queijo cottage!


Pizzeria Scapanapolli: foi uma dica local, e adoramos. Uma pizzaria bem tradicional, com uma decoração divertida lembrando um cortiço italiano, tudo que pedimos estava uma delícia, o atendimento fantástico (inclusive havia uma garçonete brasileira) e o preço ótimo! Voltaria com certeza!




A massa é bem fininha, mas as bordas são altas e leves, com boa farinha. Estamos na Itália, afinal!

End.: Via Fata Morgana, 3 


Restaurante Via Veneto: outra dica local que foi totalmente aprovada. O restaurante é enorme (e sempre bem cheio de locais) e possui vários ambientes inteiramente diferentes. Uns ambientes mais moderninhos e outros mais rústicos. 



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A sala que ficamos tinha uma decoração bem vintage, com cadeiras de barbeiro, instrumentos médicos e outras coisas. Atmosfera do restaurante é excelente, com meia luz, ambiente mais para refinado (sem ser muito caro) e um atendimento excelente. Ótima dica!




End.: Via Vittorio Veneto 64


Fortini di Pentimele: É fácil ver por que essa fortificação ocupava uma posição tão proeminente na cidade - Localizada no alto da colina Pentimele, a partir daqui você tem vistas panorâmicas da paisagem circundante e da linha reta de Messina. Datando de 1500, os fortes originais foram feitos para atuar como uma defesa contra os piratas, no entanto, eles não foram usados ​​corretamente até 1800. Grande parte da antiga estrutura dos fortes permanece e eles criaram uma oportunidade fotográfica brilhante contra o pano de fundo de Reggio Calabria localizado na distância.



SCILLA
( a Veneza do Sul)

Como eu expliquei antes, eu cheguei a reservar um apto nessa cidade, para ser minha base nesses dias na ponta da bota da Itália. Mas acabei trocando por Reggio Calabria, o que achei ter sido o melhor.

A cidade de Scilla é mais complicada para se hospedar (em cima de uma montanha), para estacionar e, por ser bem pequena, achei que ficaria mais limitada. Como estávamos no final da viagem, preferi uma cidade grande que possibilitasse umas comprinhas de presentes, comidinhas, cosméticos...essas coisinhas que sempre compramos em viagem.


Como se vê a cidade é bem pequena, mas segue em vários niveis. Castelo num morro, cidade em outro morro, praia e Chianalea lá embaixo. Em meio a tudo isso,muita escadaria.

Além disso, considerei que, para hospedar e sair para jantar, passear etc, circulando mais, a cidade em cima da montanha poderia ser mais cansativo, tendo sempre ladeiras a subir e descer.

Por essas e outras que preferi Reggio, mas, muitas pessoas optam por Scilla.


A cidade

Scilla é muito famosa em cartões-postais da Calábria, por conta de seu bairro de pescadores - a esplêndida Chianalea di Scilla.


Castelo no alto e Chianalea embaixo

Além disso Scilla é um lugar lendário, sobre o monstro místico que atacava o navio de Ulisses.




Lenda da mitologia grega: Reza a lenda que Cila era uma linda ninfa, filha de Fórcis e Cráteis. Passava os dias no mar, brincando com outras ninfas e recusava todos seus pretendentes. Quando Glauco, o deus do mar, se apaixona por ela, ele vai até a feiticeira Circe para pedir uma poção de amor. Porém, Circe, por sua vez, se sente atraída por ele. Desprezada por Glauco, ela ficou louca de ciúmes e transformou a rival, Cila, em um monstro com doze pés e seis cabeças, e de suas bocas saíam três fileiras de dentes. Cila era imortal e a única maneira de se defender dela era pedindo ajuda à sua mãe, a ninfa do mar Cráteis. Ela foi então transformada em rocha, e foi nesta forma que Enéas a encontrou quando passava pelo estreito. Foi assim que pode ter sido originado o nome de Scilla (que significa rocha). Quando Ulisses atravessou o Estreito de Messina, enfrentou uma ameaça gêmea: neste lado da água, a Scylla, um monstro marinho de sete cabeças e que de seu ventre brotam cães raivosos que arrancava marinheiros de seus navios e os levaram para o covil da montanha, para serem devorados; do outro lado, Charybdis, manifestou-se como um redemoinho que sugava navios inteiros para um destino aguado.  Navegue com segurança longe de um, e você entrou nas garras do outro.

Lendas à parte, o lado calabrês do estreito apresenta um maravilhoso panorama, onde rochas com vista para o mar, ondas que se esbatem nas rochas e as belíssimas aldeias de Scilla e Chianalea. A cidadezinha é chamada também de Veneza do Sul, pelas suas espetaculares casas construídas diretamente nas rochas acanto às águas e separadas por pequenas ruas que lembram os canais da lagoa.

Scilla é uma cidade de três partes: a estância balnear de Marina Grande, o castelo Ruffo (um dos mais bonitos da Itália) e o dos pescadores, Chianalea.
No promontório no centro, fica o Castelo. Do lado esquerdo de quem olha pro Castelo, está a Marina Grande. Do lado direito, o casario que cola no mar, a Chianalea.

A cidade é bem bonita. Mas confesso que ouvi tanto falar dela, como uma das mais belas cidades da Itália, que acabei de decepcionante. Ela é linda, mas não tanto quanto eu imaginava. Achei a parte alta um pouco vazia e pouco atraente. Já a Chianalea, vista de frente, por outro lugares, é lindíssima. Mas andando por suas ruelas, não se vê o que há de mais bonito...as casinhas quase dentro do mar. Sendo assim, agradeci por não ter ficado vários dias ali. Provavelmente seria menos proveitoso do que foi Reggio Calabria.


Marina Grande: um assentamento longo e fino que corre ao longo da agradável praia de Scilla. Esta parte da cidade é bastante moderna, com uma atmosfera alegre à beira-mar e uma variedade de bares e restaurantes. Um dos mais coloridos é o Dali City Bar.




Perfeito para quem quer curtir praia, sol e calor.


Parte alta: Subindo um lance de escadas ou a estrada sinuosa em direção ao promontório do castelo, você alcança a parte "central" de Scilla. Chamada San Giorgio, esta área urbana se espalha em um planalto acima do nível do mar. Um restaurante na borda do penhasco aqui, apropriadamente chamado Vertigine, é um dos lugares mais belos para comer na cidade.





Fica ali também o Castelo Ruffo, uma fortaleza construída pelos Duques da Calábria, com vista para o mar. De dentro do castelo é possível admirar os grandiosos salões e uma considerável coleção de pinturas pertencentes à família que o fundou. Em um terraço voltado para o mar é Scilla Farol, uma ajuda importante para os navios que entram no Estreito de Messina do norte.



Chianalea vista do Castelo


Marina Grande vista do Castelo


Aberto todos os dias das 8:30h às 19:30h. Ingresso: € 1,50 para pessoas de 10 a 65 anos.


Chianalea: é uma antiga aldeia de pescadores, que fica colado no mar, literalmente! As casas ficam com a parede externa dentro do mar, sobre recifes, e por isso mesmo é chamada de “Pequena Veneza”.






As antigas casas são separadas uma da outra por pequenas travessas que descem até o mar. Ao longo da rua principal, muitas lojinhas de artesanatos, além de restaurantes.




Escadas que ligam a rua principal até o mar e restaurantes a beira da água


Visitar Chianalea significa voltar no tempo, num tempo em que tudo era mais simples. Os restaurantes a beira mar, em grande maioria, construíram decks cobertos sobre o mar, de forma que você pode saborear um delicioso almoço sobre o mar.







A atividade principal é a pesca e por isso é fácil ver os pescadores que trabalham as redes.


Achei uma graça esse porta temperos em forma de cadeiras de praia...

Roupas íntimas e tiras de casca de laranja são penduradas para fora para secar e os idosos ficam sentados confortavelmente dentro de suas portas abertas. Chianalea é listado como um dos "Borghi più belli d'Italia" - "mais belas aldeias da Itália". Espremido entre as ondas e a estrada principal abaixo dos penhascos.
Seguindo pelas vielas de Chianalea é possível observar antigas fontes e igrejas, dentre elas de certo a igreja de Nossa Senhora Imaculada merece ser visitada. Datada do período paleocristão, destruída mais de uma vez por terremotos e reconstruída nos anos ’70, a igreja Madre Santissima Immacolata di Scilla é conhecida também por “Mesa”. Isso porque ela está localizada no cruzamento das estradas que levam aos três principais distritos da cidade: Marina Grande, Chianalea e San Giorgio. Tudo isso sobre o olhar do austero Castelo Ruffo.


Peixe-espada: Scilla se orgulha de sua herança de pesca, especializada na captura de espadarte ( pesce spada ). No porto, você pode ver os barcos de pesca que se dirigem para o mar quando os peixes-espada são vistos. Navios distintivos chamados de passarelle com torres de vigia altas, onde um vigia pode rastrear o peixe. Se você tiver sorte, poderá ver a frota chegando em Scilla com sua captura. Swordfish é naturalmente o prato superior nos restaurantes locais.



STILO

A esse ponto é obrigatória uma visita à Catolica, em Stilo, uma pequena igreja bizantina planificada centralmente em forma quadrada que fica no sopé do Monte Consollino em Stilo, na província de Reggio Calabria, um tesouro calabrês visitado todos os anos por milhares de turistas italianos e estrangeiros.

Stilo é um dos destinos mais lindos e interessantes para história e arte que se orgulha a Calabria, pertencente às aldeias bizantinas, é a cidade de Tommaso Campanella e dessa jóia da arte bizantina que é a Cattolica, obra de arte da Calábria meridional.

A posição onde surge Stilo é já um grande espetáculo. A antiga aldeia é, de fato, disposto em camadas sobre pedra calcária, sobre uma colina de oliveiras e videiras.


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