segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

Maratea - a Calabria italiana


Nosso roteiro começou na região de Bari (Matera, Alberobello, Polignano a Mare, Locorotondo e Cisternino) depois fizemos todo o litoral da Puglia (Lecce, Otranto, Monopoli, Ostuni, Puglia, Puglia do Jônico,  fechando assim o salto da bota da Itália.

Seguindo em frente, fomos para a Calábria. No mapa da Itália, a Calábria seria toda a área da ponto do pé da bota. Também uma região de lindo litoral, mas também cidades no interior muito históricas.

Mapa de Calábria, Itália

O clima acolhedor, as esplêndidas cores do mar, as costas rochosas alternadas por litorais arenosos, a sua natureza selvagem e misteriosa, os sabores intensos e genuínos da cozinha local e as testemunhas das suas antigas origens rendem a Calábria um lugar único.

A viagem para lá já foi nos mostrando uma paisagem linda!



Nossa primeira parada foi na cidade de Maratea (que fica, na verdade, no finalzinho da Basilicata, quase na beira da Calabria), onde nos baseamos para conhecer ainda Scalea e pequenas praias da região. Infelizmente pegamos um clima muito instável nesses dias, com pequenos momentos de sol, nublado e chuva. Mas foi possível reconhecer as belezas da região.

Escolhi me hospedar num airbnb nos arredores, para desfrutar de uma varanda com vista. Acabou que o tempo não colaborou, mas deu para curtir um pouco.







MARATEA

Maratea é uma jóia escondida na região de Basilicata ainda não descoberta e é conhecida como a Pérola do Tirreno. Apenas algumas horas ao sul da popular Costa Amalfitana, Maratea não é frequentada principalmente por causa do menor número de ligações de transporte para alcançá-la.

A cidade se divide em 2 partes bem distintas. A Marina de Maratea, a beira mar, com uma enseada cheia de barquinhos e o Centro Histórico de Maratea, que é uma cidadezinha fofa, no alto da montanha.

Porto
Borgo Antico


Centro Histórico: O Borgo de Maratea é uma vila encantadora para passar algum tempo vagando. As praças estão repletas de pequenos cafés que servem a variedade de doces deliciosos de Maratea e as ruas tranquilas estão repletas de lojas fofas. Mas, é uma cidade bem pequena, que se percorre em pouco tempo.



Tem uma pracinha colorida e algumas ruazinhas que saem dela. Uma das ruas segue como que pela parte externa na cidade, revelando um pouco abaixo, uma vista linda do mar. Tem, inclusive, uns bancos de mosaico, bem fotogênicos, nesse local.





Já seguindo as ruas mais internas da cidade, você vai subindo em direção a parte mais antiga da cidade, onde há ainda uma Capela feita dentro das rochas. É bem simples, mas antiga e interessante.





Porto de Maratea: região na beira do mar. Não tem muitos atrativos, exceto as vistas do próprio mar, montanha e Cristo. Mas não tem uma cidade, propriamente dita.






A joia desse local é o famoso restaurante “Ristorante 1999” - fica no porto com seu terraço elevado e pátio coberto com vista para o mar, os iates, os coloridos barcos de pesca locais e cercado pelas montanhas de Maratea. O ambiente é mais sofisticado, a comida maravilhosa e um atendimento fantástico. Não é um restaurante barato, mas tem preços bem aceitáveis para o que proporciona.




Cristo Redentor: Vamos subir até o Cristo Redentor, colocado no alto do monte onde, mais uma vez, tem uma vista sem igual – é possível ver todo o litoral, o gracioso porto e o vilarejo de Maratea.



O Cristo Redentor de Maratea (Cristo Redentor em italiano) é na verdade a quinta maior estátua de Cristo no mundo. Ele mede 21 metros (70 pés) de altura e tem um braço de 19 metros. Mas, ao contrário do Rio, Cristo está de costas para o Mediterrâneo e, em vez disso, vigiava a aldeia de Maratea abaixo dele.


Ruínas de Castello : Logo abaixo de Cristo estão as ruínas da primeira vila de Maratea, e embora os achados arqueológicos datem o assentamento original de volta ao período paleolítico, as ruínas que vemos são do século IX. Os moradores mudaram-se para este local no alto do Monte San Biagio e construíram o Castello fortificado quando os sarracenos (o nome do povo da Sicília depois que se tornou um emirado muçulmano no século IX) saquearam várias cidades.

Quando o Castello não podia mais acomodar a crescente população, algumas pessoas se moveram estrategicamente atrás do Monte San Biagio e construíram o Borgo. A posição do Borgo atrás da montanha tornava-a invisível do mar e segura de outros sacos pelos sarracenos.



         ISOLA DINO, SAN NICOLLA ARCELLA e PRAIA A MARE



Praia a Mare

É uma jóia desconhecida e o local perfeito para viajantes que procuram sair da trilha tradicional. Esta aldeia da Praia fica em frente à Ilha Dino e está rodeada pelo encantador Golfo Policastro . A água que circunda a Ilha Dino é aquela incrível cor azul cristalina que muitos viajantes sonham.



A praia é de pedrinhas, mas o mar é azul celeste e a beira mar é repleta de lido, quiosques, restaurantes de todos os tipos. É uma cidade praiana com todas as qualidades...boa praia e estrutura.



E fica em frente a Isola Dino.

Após visitarmos Isola Dino, voltamos para ali para almoçar em um dos restaurantes da orla.




Isola Dino

Pequena ilhota que fica em frente a Praia a Mare. Apenas olhar para ela e o mar azul no seu entorno, já vale a viagem.



Mas caso haja tempo, recomendo fortemente alugar um barco que dê a volta na Ilha. O passeio se compra nos próprios bares/restaurantes que ficam em frente a ilha e custa barato...5 euros. O passeio é muito bonito pois você tem a oportunidade de conferir o incrível tom azul do mar por ali. É deslumbrante!




Dino Island é o lar de três cavernas frescas que estão prontas para serem exploradas: a caverna das Cachoeiras, a Caverna do Leão e a maior e mais popular Gruta Azul, onde a água dentro da caverna parece estar iluminada por baixo da água.





A Grotta Azurra é considerada por muitos, mais bonita que a de Capri.

O tempo não estava muito firme, mas quando o sol apareceu timidamente, partimos para nosso passeio na Ilha. Foi muito divertido, mas não poderei opinar sobre a beleza da Grotta Azurra porque, tendo em vista os fortes ventos, o mar estava agitado e não permitiu que nosso barco entrasse na Grotta Azurra. 




Mas entramos na Grotta Leone, e já achei uma loucura de tão linda!



Aliás, quando estive em Capri também não consegui visitar a Grotta Azurra de lá, pelo mesmo motivo. O mar estava muito agitado e os passeios cancelados naquele dia. Coisas da natureza!



San Nicolla Arcella

Um pouco mais a frente fica essa localidade. Sua principal atração é o Arco Magno. Trata-se de um arco nas pedras, que apresenta uma paisagem linda, especialmente no por do sol.

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Como não fazia sol nesse fim de tarde, acabei não indo ver esse espetáculo, mas colocarei uma foto de outros.

Vimos San Nicola apenas de manhã, quando passamos por ela sobre a estrada.




SCALEA

A cidade leva o nome de sua disposição na encosta, na parte inferior do promontório de Capo Scalea. A cidade velha é colocada nas alturas e preserva os restos de uma parede antiga, enquanto em direção à praia, o centro de Marina Scalea foi recentemente desenvolvido, com hotéis modernos, moradias e inúmeras zonas balneares na praia.



Vi muitas indicações sobre essa cidade. De fato ela é bem antiga e razoavelmente preservada. Mas confesso que não indicaria a visita, a não ser que você tenha tempo sobrando, como era meu caso, tendo em vista o tempo chuvoso.




É bonita, é bem medieval, mantendo suas construções de pedras, mas...não há tanto o que ver. 

A noite, de volta a Maratea, jantamos e pedimos a sobremesa mais famosa de toda a Calabria....Tartufo. Nada mais é do que uma bola de sorvete recheada com um creme, que geralmente é chocolate. Eles pedem que você espere um pouco para consumir, para que o recheio cremoso derreta um pouco e escorra ligeiramente ao partir. Costuma ter diversos sabores...todos maravilhosos.






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