Falar sobre Berlim é falar sobre a capital do país que esteve à frente dos
maiores acontecimentos da história mundial nos últimos 100 anos. Ainda que não
seja do lado do “mocinho”, muito ao contrário.
Assim, antes de entendermos a cidade, necessário entender os acontecimentos
mundiais, que tiveram seu epicentro aí, exatamente em Berlim.
E quando falamos de Berlim, estamos falando de nada mais nada menos do que
1ª Guerra Mundial, Hitler, 2ª Guerra Mundial, Holocausto, Cortina de Ferro,
Guerra Fria e reunificação. Tudo isso aconteceu em Berlim ao longo dos últimos
100 anos de sua história.
Primeira
Grande Guerra
|
Em 1914 o mundo conheceu a
Primeira Guerra Mundial. Entre as causas da guerra inclui-se as políticas
imperialistas das grandes potências da Europa, como o Império Alemão,
Austro-Húngaro, Império Russo, Império Britânico, República Francesa e a
Itália.
Diversas alianças formadas
ao longo das décadas anteriores foram invocadas, assim, dentro de algumas
semanas, as grandes potências estavam em guerra. Através de suas colônias, o
conflito logo se espalhou ao redor do planeta.
O Império Russo entrou em colapso em 1917 e a Rússia deixou a guerra.
Depois de uma ofensiva alemã em 1918 ao longo da Frente Ocidental, os Aliados
forçaram o recuo dos exércitos alemães em uma série de ofensivas de sucesso e
as forças dos EUA começaram a entrar nas trincheiras.
A Alemanha, que teve o seu problema revolucionário interno (de ideais
comunistas), neste ponto, concordou com um cessar- fogo em 11 de novembro de
1918, episódio mais tarde conhecido como Dia
do Armistício. A guerra terminou com a vitória dos Aliados.
Quatro grandes potências imperiais — os impérios Alemão, Russo,
Austro-Húngaro e Otomano — deixaram de existir. Os Estados Sucessores dos dois
primeiros perderam uma grande quantidade de seu território, enquanto os dois
últimos foram completamente desmontados. O mapa da Europa foi redesenhado em
vários países menores.
A Liga das Nações (precursora da ONU) foi formada na esperança de evitar
outro conflito dessa magnitude. Há consenso de que o nacionalismo europeu provocado
pela guerra, a separação dos impérios, as repercussões da derrota da Alemanha e
os problemas com o Tratado de Versalhes foram
fatores que contribuíram para o início da Segunda Guerra Mundial.
2a Guerra Mundial
A chegada dos nazistas ao poder colocou fim à República de Weimar, uma
democracia parlamentar estabelecida na Alemanha após a Primeira Guerra Mundial.
Com a nomeação de Adolf Hitler como chanceler, em 1933, a Alemanha nazista
(também chamada de Terceiro Reich) rapidamente tornou-se um regime no qual os
alemães não possuíam direitos básicos garantidos.
Uma ampla campanha de propaganda foi levada a efeito para disseminar os
objetivos e ideais do regime. Hitler defendia o uso de propaganda política para
disseminar seu ideal de Nacional Socialismo que compreendia o racismo, o
antissemitismo e o anti bolchevismo.
Ao longo desse plano propagandista, os alemães eram constantemente
relembrados de suas lutas contra inimigos estrangeiros e de uma pretensa
subversão judaica.
Adicionar legenda |
No período que antecedeu a criação das medidas executivas e leis contra os
judeus, as campanhas de propaganda criaram uma atmosfera tolerante para com os
atos de violência contra os judeus, particularmente em 1935, antes das Leis
Raciais de Nuremberg, e em 1938, após a Kristallnach (quando alemães,
acreditando no comportamento perigoso dos judeus, quebraram as vidraças de
diversas sinagogas com pedras, em represália a uma morte causada por um judeu.
Foi conhecida como a Noite dos Cristais).
A propaganda também incentivou a passividade e a aceitação das medidas
iminentes contra os judeus, uma vez que o governo nazista interferia e
"restabelecia a ordem" (derrubada pela derrota alemã na 1ª Guerra Mundial).
A propaganda nazista também preparava o povo para uma guerra, insistindo em
uma perseguição, real ou imaginária, gerando uma lealdade política e uma
“consciência racial” entre as populações de etnia alemã que viviam no leste
europeu, em especial Polônia e Tchecoslováquia. Outro objetivo da propaganda
nazista era o de mostrar a uma audiência internacional, em especial as grandes
potências europeias, que a Alemanha estava fazendo demandas justas e
compreensíveis sobre suas demandas territoriais.
Inventando um elo entre o comunismo soviético e o judaísmo europeu, e
apresentando a Alemanha como defensora da cultura "ocidental" contra
a ameaça "Bolchevique", esta propaganda também mostrava uma imagem
apocalíptica do que aconteceria caso os soviéticos ganhassem a Guerra.
O cinema, em particular, teve um papel importante na disseminação das
idéias do anti- semitismo racial, da superioridade do poder militar alemão e da
essência malévola de seus inimigos, como eram definidos pela ideologia nazista.
Os filmes nazistas retratavam os judeus como seres "subhumanos" que
se infiltraram na sociedade ariana.
Hitler tinha a última palavra tanto na legislação nacional quanto na
política externa alemã. Esta última era guiada pela crença racista de que a
Alemanha era biologicamente destinada a expandir-se para o leste europeu por
meio de força militar, e de que uma população alemã, maior e
racialmente superior, deveria ter domínio permanente sob o leste europeu e a
União Soviética. Nesta crença as mulheres exerciam um papel muito importante
como reprodutoras. A política populacional agressiva do Terceiro Reich
encorajava as mulheres "racialmente puras" a darem à luz ao maior
número possível de crianças "arianas".
Dentro daquele sistema, as pessoas "racialmente inferiores" como
os judeus e os ciganos deveriam ser eliminadas. A política externa nazista
tinha como objetivo, desde o início, travar uma guerra de aniquilação contra a
União Soviética e, para isto utilizou os anos de paz anteriores à eclosão da
Guerra para preparar o povo alemão para o conflito.
Críticas explícitas ao regime eram reprimidas pela Gestapo, a polícia
secreta do estado, e pelo Serviço de Segurança (SD) do partido nazista, mas o
governo de Hitler era popular entre a maioria dos alemães.
A pequena oposição ao estado nazista variava desde a não conformidade a uma
tentativa, abortada, de assassinar Hitler no dia 20 de julho de 1944.
O regime de Hitler ambicionava criar um novo e vasto império cujo
território unisse a Alemanha e o leste da Europa em um só país, para assegurar
o crescimento germânico em termos populacionais e econômicos, com acesso a mais
recursos naturais que os que existiam em solo alemão. Segundo os idealizadores
do projeto de domínio alemão sobre Europa, tal império somente poderia ser
construído através de uma guerra.
Depois de assegurar a neutralidade da União Soviética, através do Pacto de
Não- Agressão Germano-Soviético de 1939, a Alemanha deu início à II
Guerra Mundial ao invadir a Polônia no dia 1 de setembro de 1939.
No dia 3 de setembro do mesmo ano, a Inglaterra e a França responderam à
agressão com declarações de guerra aos alemães. Em um mês, a Polônia foi
derrotada pela combinação das forças alemãs e soviéticas, e teve seu território
dividido entre a Alemanha nazista e a União Soviética.
Em abril de 1940, as forças alemãs invadiram a Noruega e a Dinamarca. Em 10
de maio daquele mesmo ano, a Alemanha invadiu os Países Baixos—Holanda,
Bélgica, e Luxemburgo—que haviam assumido uma postura de neutralidade, e
também ocuparam a França. Em 22 de junho de 1940, franceses colaboracionistas
assinaram um tratado de cessar-fogo com a Alemanha, autorizando este último
país a ocupar a parte norte da França, bem como a costa mediterrânea, e criando
um regime pró- nazista no sul daquele país, com sede na cidade de Vichy.
Encorajada pela Alemanha, em junho de 1940 a União Soviética ocupou os
países bálticos-- Lituânia, Letônia e Estônia--anexando-os formalmente à URSS.
A Itália, como parte do “Eixo”, aderiu à guerra em 10 de junho de 1940. Entre
10 de julho e 31 de outubro de 1940, os nazistas levaram a cabo uma intensa
batalha aérea contra a Inglaterra, conhecida como a “Batalha da Inglaterra”, no
fim da qual foram derrotados.
Como Hitler tinha como alvo o comunismo soviético, numa violação
direta aos
termos do Pacto de Não-Agressão Germano-Soviético, os alemães e seus aliados
invadiram a União Soviética em 22 de junho de 1941 (tido como o maior
erro estratégico de Hitler).
Em junho e julho de 1941, os alemães também ocuparam os estados bálticos. O
chefe de estado soviético, Joseph Stalin, opôs-se à Alemanha nazista e seus
parceiros do “Eixo”, tornando-se a partir daquele momento um importante líder
das forças Aliadas.
Durante 1941, as tropas alemãs avançaram sobre o território soviético, mas
a forte resistência oferecida pelo Exército Vermelho impediu que capturassem as
cidades- chave de Leningrado (atual São Petersburgo) e Moscou. Em 6 de dezembro
de 1941, as tropas soviéticas contra-atacaram, fazendo com que as forças alemãs
saíssem definitivamente dos arredores de Moscou.
Um dia depois, em 7 de dezembro de 1941, o Japão, país membro do
Eixo, bombardeou Pearl Harbor, no estado norte- americano do Havaí, e
imediatamente os Estados Unidos declarou guerra ao Japão e ao Eixo. O
conflito militar ampliava-se através dos continentes.
Em maio de 1942 os britânicos bombardeiam a cidade de Köln, ou Colônia,
trazendo a guerra para dentro do território alemão pela primeira vez.
Durante os três anos seguintes bombardeios anglo-americanos reduzem
cidades alemãs a escombros.
Em 1944, as tropas Aliadas libertam Roma. Seis semanas depois, bombardeios
anglo-americanos conseguem, pela primeira vez, atingir alvos na Alemanha
oriental também, destruindo boa parte de Berlim.
Em junho de 1944, as tropas britânicas e norte-americanas desembarcam com
sucesso nas praias da Normandia, na França, e abrem a “Segunda Frente” contra
os alemães. Conhecido como o dia “D”, pois esse desembarque marcou o
inicio da derrocada alemã.
As forças anglo-americanas saem da Normandia seguindo rumo ao leste, e,
entram na capital francesa. Em setembro, os Aliados chegam até a fronteira
alemã; em dezembro, quase toda a França, a maior parte da Bélgica, e a
parte sul dos Países Baixos são libertadas.
Em 1945 os soviéticos iniciam sua ofensiva final e cercam Berlim. Em 30 de
abril de 1945 (há exatos 70 anos), Hitler comete suicídio. Em maio de
1945 a Alemanha se rende aos Aliados.
Japão não se rende, e em 6 de agosto de 1945, os Estados Unidos lançam uma
bomba atômica sobre a cidade de Hiroshima, no Japão. 3 dias depois, outra bomba
sobre Nagasaki.
Em 2 de setembro o Japão se rende
oficialmente, pondo fim à Segunda Guerra Mundial.
HOLOCAUSTO
No início do regime nazista o governo Nacional-Socialista criou campos de
concentração para deter seus oponentes políticos e ideológicos.
Nos anos que antecederam a Guerra as SS e as autoridades policiais
prenderam um número grande de judeus, ciganos e outras vítimas do seu ódio
étnico e racial naqueles campos. Outros grupos eram perseguidos por seu
comportamento político, ideológico ou comportamental, tais como os comunistas,
os socialistas, as Testemunhas de Jeová e os homossexuais.
Para concentrar, monitorar, e facilitar a deportação futura da população
judaica, os alemães e seus colaboradores criaram guetos, campos de transição e
campos de trabalho escravo para judeus.
Depois que os alemães deflagraram a Segunda Guerra Mundial com a invasão da
Polônia, em setembro de 1939, o regime nazista utilizou propagandas para causar
a impressão de que os judeus não eram apenas sub-humanos, mas que eram também
perigosos inimigos do Reich alemão. O regime buscava obter o apoio, ou o
consentimento tácito, da população alemã para as políticas que tinham como
objetivo a remoção permanente dos judeus das áreas onde viviam alemães.
Entre 1941 e 1944, as autoridades nazistas alemãs deportaram milhões de
judeus da Alemanha, dos territórios ocupados e dos países aliados ao Eixo para
guetos e campos de extermínio, muitas vezes chamados de centros de extermínio,
onde eram mortos nas instalações de gás criadas para cumprir esta finalidade.
Após junho de 1941, quando a Alemanha invadiu a União Soviética, as SS
(organização paramilitar ligada ao Partido Nazista alemão) e grupos da polícia
que agiam como unidades móveis de extermínio iniciaram operações de assassinato
de comunidades judaicas inteiras naquela área, matando indiscriminadamente
todos os seus membros.
No outono de 1941, elas introduziram as câmaras de gás móveis, nas quais o
cano de escapamento dos caminhões utilizados havia sido reajustado para liberar
um gás letal, o monóxido de carbono, dentro dos compartimentos totalmente
vedados na carroceria, matando a quem ali estivesse, em complementação às
operações de fuzilamento já em curso.
Três campos de extermínio--Belzec, Sobibor e Treblinka--foram criados na
Polônia com o objetivo único de facilitar o extermínio em massa.
De tempos em tempos, o campo Majdanek também servia como local de
extermínio de judeus residentes. Nele existiam câmaras de gás que as SS usaram
para assassinar dezenas de milhares de israelitas que haviam sido trabalhadores
escravos, mas que agora estavam fracos demais para exercer qualquer tipo de
atividade.
No centro de extermínio de Chelmno, a cerca de 50 quilômetros a noroeste da
cidade de Lodz, as SS em conjunto com a polícia mataram, pelo menos, 152.000
pessoas, sendo a maioria delas israelitas, além de milhares de ciganos.
Na primavera de 1942, Hitler determinou que Auschwitz II
(Auschwitz-Birkenau) tornar-se-ia uma "fábrica" de extermínio em
grande escala, e lá cerca de um milhão de judeus, de diversos países da Europa,
foram assassinados.
A vontade de Hitler era baseada num estudo chamado Eugenia. Seu
principal objetivo era desenvolver maneiras de manipular e otimizar a evolução
humana de acordo com os princípios darwinistas aplicados à humanidade
(darwinismo social). Na prática se tornou terreno para legitimar o racismo e
defender práticas extremamente polêmicas, como a esterilização e extermínio de
grupos genéticos inteiros.
Antes das prisões e extermínios (antes da Guerra), Hitler ditou novas
regras que proibiam desde a realização de casamentos entre judeus e arianos,
até mesmo de judeus frequentarem locais públicos (inclusive hospitais). Pode
parecer estranho imaginar que a comunidade internacional conviveu com isso por
anos, mas esta é a realidade. Enquanto os judeus mais ricos simplesmente
fugiram para outros países, os mais pobres ficaram até o cerco se fechar.
O uso de cobaias humanas hoje em dia é algo extremamente delicado e sua
discussão sobre questões éticas acaba impondo limites às realizações de
determinados testes. No contexto do holocausto alguns médicos nazistas
realizaram experiências mortíferas que envolviam homens, mulheres e até mesmo
bebês. O principal responsável por essas experiências foi Josef Mengele,
conhecido como O Anjo da Morte, médico chefe do temido campo de extermínio
Auschwitz. Fontes indicam o uso de milhares de prisioneiros em experiências
quase sempre fatais, e quando a vítima sobrevivia, era executada para uma
análise de seu cadáver. Entre as experiências realizadas podemos citar:
exposição à radiação, congelamento, consumo exclusivo de água do mar e até
mesmo dissecação de vivos para observar a evolução de doenças e infecções.
Os judeus foram afastados de todos os cargos públicos, suas crianças foram
expulsas das escolas e se criaram instituições para expulsá-los do território
alemão.
Uma contradição amarga a ser lembrada é que os Aliados não direcionaram o
esforço de guerra para a liberação dos judeus. Ao invés disso, se observou uma
corrida pela aniquilação do Estado Nazista. Isso remete às divergências nos
interesses políticos das duas partes que formaram as Potências Aliadas, o único
elemento que ligava a União Soviética ao ocidente era o inimigo em comum
(Hitler), no mais, eles eram adversários. Sendo o rápido avanço soviético no
front oriental uma forte ameaça da dominação comunista no continente europeu.
A demonização da ideologia nazista é um tema extremamente delicado quando
lembramos que Hitler chegou ao poder de forma democrática e boa parte da
população da Alemanha aprovava calorosamente o regime. De fato o racismo era
algo presente naquela nação, mas isso não significa muita coisa: se você
observar com cautela os principais jornais circulantes na Inglaterra e Estados
Unidos naquele período, vai perceber que o racismo e a segregação também
existia nesses países. Apesar de haver casos de violência explícita contra
judeus por parte de civis alemães, as atrocidades cometidas nos campos de
concentração eram mantidas em sigilo pelo alto comando nazista.
Nos meses que antecederam o final da Guerra os guardas das SS transferiram
os prisioneiros dos campos em trens, ou em marchas forçadas conhecidas como
"marchas da morte", na tentativa de evitar que os Aliados os
libertassem.
Conforme as forças Aliadas atravessavam a Europa, em uma série de ofensivas
contra a Alemanha, elas começaram a encontrar e a libertar prisioneiros dos
campos de concentração e aqueles que estavam sendo levados de um campo para
outro. Estas marchas continuaram até o dia 7 de maio de 1945, o dia em que as
forças armadas da Alemanha se renderam incondicionalmente aos Aliados.
Para os Aliados ocidentais a Segunda Guerra Mundial terminou oficialmente
na Europa no dia seguinte, em 8 de maio, o (V-E Day, o Dia da Vitória,
no entanto as forças soviéticas proclamaram seu "Dia da Vitória" como
9 de maio de 1945.
Pós
Guerra
|
Com o fim da Segunda Guerra Mundial a descoberta dos campos de concentração
aqueceu o desejo de estabelecer uma pátria para os judeus, assim, se procurou
potencializar o episódio com diversos artifícios. (São os vencedores que contam
a história, da forma como lhes é conveniente).
Hoje já se sabe que muitas fotografias tiveram um cenário forjado,
soldados recolheram e empilharam corpos, prisioneiros doentes foram
selecionados a dedo para compor imagens chocantes. Ou melhor, ainda mais
chocante do que as imagens pavorosas encontradas nos campos de concentração.
Sem dúvida o holocausto foi um dos mais eventos da história do mundo e deve
ser sempre relembrado.
Na maior parte da Europa, incluindo a Alemanha, é proibido fazer alguém
estudo ou matéria que vise desmistificar o Holocausto. Isso porque tais estudos
são acusados de insuflar idéias nazistas.
Esse interesse Aliado de reestabelecer um território aos judeus (que há
séculos estavam sem território), fez com que criassem o Estado de Israel, onde
era território Palestino.
Tal fato gera conflitos até hoje, com constantes enfrentamentos. Palestina
não aceita que Israel fique no que considera suas terras. Israel se considera
dono legítimo do local, por ser solo sagrado judeu e onde ocupavam antes de
serem expulsos. E Israel tem o apoio das potências Ocidentais, em especial os
EUA, que veem na presença de Israel no local, uma forma de conter o avanço
muçulmano e contrário aos EUA.
Tais conflitos, na faixa de Gaza, perduram e se intensificam até hoje.
Resultado direto da 2ª Guerra Mundial e do ataque de Hitler contra os judeus.
Muro de Berlim
Com o fim da Guerra, vencida pelos países Aliados em conjunto com União
Soviética, o território alemão foi inteiramente dividido entre os vencedores,
criando a Alemanha Ocidental (controlada por EUA, França e Inglaterra) e a
Alemanha Oriental (União Soviética).
Berlim, ficava no Centro do lado soviético. Ocorre que Berlim era a
capital da Alemanha, e, portanto, ponto estratégico para as potências. Assim, a
Capital foi também dividida entre as 4 potências, mesmo estando inteiramente
dentro do lado soviético.
Obviamente isso era incômodo para as Potências. No lado Ocidental, havia
uma série de obras e investimentos realizados através do Plano Marshall. No
lado Oriental, a União Soviética criou o Estado Único, confiscando propriedades
e instituindo o comunismo.
Com o tempo, os alemãs orientais, buscando melhores condições de vida ou de
emprego, passaram a emigrar para o lado Ocidental, lá se estabelecendo. Isso
enfraquecia a União Soviética, já que passava a ideia de que “o ocidente é
melhor”.
Assim, após algumas medidas restritivas impostas anteriormente, na
madrugada de 13 de agosto de 1961, foi construído o Muro de Berlim. Dele faziam
parte 66,5 km de gradeamento metálico, 302 torres de observação, 127 redes
metálicas eletrificadas com alarme e 255 pistas de corrida para ferozes cães de guarda.
O Muro de Berlim era, portanto, uma barreira física, construída pela
República Democrática Alemã (Oriental) durante a Guerra Fria, que circundava
toda a Berlim Ocidental, separando-a da Alemanha Oriental. Este muro, além de
dividir a cidade ao meio, simbolizava a divisão do mundo em dois blocos ou
partes: República Federal da Alemanha (RFA), que era constituído pelos países
capitalistas e República Democrática Alemã (RDA), constituído pelos países
socialistas simpatizantes do regime soviético.
A medida pegou de surpresa a população, dividindo, inclusive, diversas
famílias.
Este muro era patrulhado por militares da Alemanha Oriental com ordens de
atirar para matar os que tentassem escapar, o que provocou a morte de 80 pessoas
identificadas, 112 ficaram feridas e milhares aprisionadas nas diversas
tentativas.
Durante uma onda revolucionária que varreu o Bloco do Leste, o governo da
Alemanha Oriental anunciou, após várias semanas de distúrbios civis, que todos
os cidadãos da RDA poderiam visitar a Alemanha Ocidental e Berlim Ocidental.
Multidões de alemães orientais subiram e atravessaram o Muro, juntando-se aos
alemães ocidentais do outro lado, em uma atmosfera de celebração.
Ao longo das semanas seguintes, partes do Muro foram destruídas por um
público eufórico e por caçadores de souvenirs. Mais tarde,
equipamentos industriais foram usados para remover quase o todo da estrutura.
A queda do Muro de Berlim abriu o
caminho para a reunificação alemã que foi formalmente celebrada em 3 outubro de
1990. Muitos apontam este
momento também como o fim da Guerra Fria.
O governo de Berlim incentiva a
visita do muro derrubado, tendo preparado a reconstrução de trechos do muro.
Além da reconstrução de alguns trechos, está marcado no chão o percurso que o
muro fazia quando estava erguido.
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