segunda-feira, 11 de novembro de 2019

Canadá - Montanhas Rochosas


Viagem em Agosto de 2009


Eu sempre quis conhecer as famosas Montanhas Rochosas Canadenses, afinal, a Icefields Highway (Highway 93 e Highway 1) é conhecida como a "ESTRADA MAIS BONITA DO MUNDO", pois cruza lagos, rios e montanhas belíssimas. E ao longo dela se tem os acessos as principais atrações da região.

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A Highway liga as cidades de Banff a Jasper. Mas não pense que em 1 ou 2 dias você conseguirá conhecer tudo que a região oferece.


Quantas noites e onde ficar

Como são muitas coisas a conhecer, o ideal é que você mude de base ao menos 1 vez, para que não perca, diariamente, muito tempo na estrada. Mas, há quem prefiro ficar numa base apenas.

Afora acomodações espalhadas por todos os pontos do passeio, as principais bases são as cidades de Banff, Jasper e o vilarejo de Lake Louise. Banff é a maior cidade, com muitas opções de hospedagem, vários restaurantes, rua de comércio, e mesmo atrações na própria cidade. É a base mais interessante.



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Banff

Lake Louise é uma base muito interessante também por ser bem central e estar mais próximas às atrações mais bonitas. Menos tempo na estrada, significa otimizar seu tempo. Prefiro pra quem tem poucos dias para passar por ali. No entanto não é bem uma cidade. É um vilarejo com alguns hotéis de vários preços e algumas opções de restaurantes mais simples, e alguns mais sofisticados nos hotéis de luxo. Mas não tem um centrinho para andar e passar o tempo.

Jasper seria o final da Icefields (ou começo, caso você venha de Edmonton). É uma cidade bem menos interessante do que Banff, mas tem uma ruazinha de comércio, muitas opções de hospedagem e alguns restaurantes.

O ideal (e que eu fiz) é ficar entre 2 ou 3 noites em Banff, 2 noites em Jasper e 1 noite em Lake Louise. Parece muito tempo, mas é o necessário para fazer tudo sem pressa. Algumas coisas devem ser levadas em consideração...dependendo da época, o parque está bem cheio e com isso o transito é bem lento. Muitas atrações possuem trilhas para chegar até ela, o que também consome algum tempo. Há a possibilidade de você encontrar animais na pista, o que, além de ser muito legal, causa também mais demoras e retenções do transito. Isso sem contar o fator meteorologia. Quanto menos dias disponíveis, maior a chance do azar de não pegar um lindo dia de sol para ver os lagos maravilhosos!  

As principais entradas dos Parques Nacionais das Montanhas Rochosas são através das cidades de Edmonton ou Calgary. Calgary é uma cidade graciosa, que fica aos pés das Rochosas. Possui algumas atrações, mas, a principal delas é sua proximidade com as Rochosas. Já Edmonton é uma cidade maior e possui um dos maiores shoppings do mundo, que é, na verdade, um grande complexo. Para quem curte umas comprinhas, essa pode ser a melhor opção.

Cheguei por Calgary, peguei o carro alugado e segui direto em direção à Banff. Fiz essa opção porque Banff fica muito próximo à Calgary (130km). Assim, mesmo cansada, me renderia 1 dia de viagem. Mas, quem preferir, pode acrescentar 1 dia à viagem, ficando uma noite em Calgary, seguindo para Banff no dia seguinte, já bem descansado.


O que ver e como ver

Os passeios pelas Rochosas são bem diversos, mas todos ligados à natureza, obviamente:

- lagos de tons incríveis de verde e azul;
- Lagos com espelhos d´água que são uma atração à parte;
- Rios caudalosos, que cortam canyons,
- Cachoeiras, em sua maioria formando cortes impressionantes nas pedras, com trilhas que vislumbram isso.

Algumas atrações ficam logo ao lado da estrada, ou seja, ao lado do estacionamento ou a curtas caminhadas. Outras atrações exigem maior tempo e esforço físico. Portanto, o número de atrações que você visitará (e os dias que ficará), dependerá do seu tempo e sua disposição. Optei por fazer o circuito mais tradicional e acessível, ou seja, aqueles que possuem caminhadas curtas e fáceis (easy) ou no máximo moderada. E isso já significa muita coisa para ver!

O bom é que nos mapas você já vislumbra os lagos que são próximos ou não dos estacionamentos. Além disso, em todos os estacionamentos de acessos aos lagos e cachoeiras, existem banheiros (quase sempre com papel) e placas com indicação de distância e o tempo de caminhada, além da indicação de ser easy, moderate ou harder (fácil, moderado e difícil). Assim, você pode desistir ou se animar a seguir por alguma trilha, de acordo com essas indicações.

É sempre bom ter em mente que as atrações que incluem espelhos d'água, geralmente possuem um visual mais bonito na parte da manhã, com o sol batendo na montanha e o reflexo se fixando nas águas. Já os lagos verdes e azuis, são mais belos em dias ensolarados. As cachoeiras também são mais bonitas nos dias ensolarados, mas perde-se menos no visual nos dias nublados. Portanto, tente ter um plano básico, mas permita-se alterá-lo de acordo com a meteorologia, para que aproveite mais seus passeios.

Ah, em vários locais você encontrará mercadinhos com snacks e bebidas. Mas eu recomendo que você tenha sempre com você uma garrafa de água e mesmo um lanche. Tem lugares paradisíacos, e poder parar para um lanchinho nessas vistas, é inesquecível!

Como é região de montanhas, o tempo oscila muito. Se forem os meses mais quentes de maio a setembro, ainda que esteja calor, leve sempre um casaco com você.


Seguindo para as Rochosas

A estrada a seguir saindo de Calgary é a Trans Canada Highway. A primeira hora da viagem não tem muitos atrativos. No entanto, a diversão começa na Região de Kananaskis, quando você começa a ter vistas espetaculares do Bow River.
Se precisar de um descanso, procure pelo Kananaski Village Centre. É um local com restaurante, café, lojinhas e tudo muito bonitinho.

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Seguindo pela estrada e passando por lindas vistas, você chegará a deliciosa cidade de Banff. A cidade possui uma avenida principal chamada de Banff Avenue e a maioria das atrações e restaurantes são nessa rua ou próximas a ela. Fiquei no Hotel Banff Ptarmigan Inn e achei uma boa localização. Permitiu que eu andasse pela Banff Avenue à pé todos os dias, pelas lojinhas ou restaurantes. Cheguei no fim da tarde, fiz o check in, fui no tourist center pegar mapas e informações e depois andei pela cidade, deixando para explorar o Parque em si a partir do dia seguinte.

A cidade, além de ser base para os passeios, possui ainda alguns interessantes pontos turísticos que são: Banff Museum, Jardins, Gondola, Banff Springs Hotel, Tunnel Mountain Road, entre outras.


Passeio 1 – base Banff

Saindo de Banff, a atração mais próxima e que merece uma visita é Lake Minnewanka Scenic Road, que leva ao Lake Minnewanka, passando pelos Two Jack Lake. Estes possuem um colorido maravilhoso e impressionante, mas o ponto alto é o Lake Minnewanka. É o maior lago da região, sendo portanto navegável. Existem passeios de barco, mas, a não ser que você tenha tempo de sobra, o mesmo não é imprescindível.


Lake minnewanka
Two Jack Lake

O lago é diretamente acessível de carro, sem necessidade de trilha. No entanto, o ideal é estacionar e seguir a pé pela margem do lago, escolhendo sua vista predileta.

Seguindo em frente, peguei a Bow Valley Parkway, que segue margeando o Bow River e oferece lindas vistas desse importante rio.




Parando em cada mirante, fui seguindo em direção ao Johnston Cannyon. O Cannyon é dividido em Upper e Lower Falls, ou seja, quedas d´água do alto e de baixo. Ambas são lindas e a curta distância, portanto, de acordo com a placa indicativa de distância, escolha o seu agrado.

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Seguimos vendo diversas vistas do Bow River e da estrada em si, em diversos locais parando para o registro.

Para completar o dia, aproveitamos para ir conhecer o Banff Springs HotelEsse hotel era originalmente da rede Canadian Pacific Railways, ou seja, pertencia à Estrada de Ferro canadense. Depois foi adquirido pela sofisticada rede americana Fairmont. A Canadian Pacific ficou responsável por construir e explorar a estrada de ferro no Canadá. Para atrair turista e com isso aumentar o movimento na linha férrea, a empresa teve a ideia de construir Hotéis Castelos nas principais cidades. Assim, divulgou que, no Canadá, poderiam desfrutar de castelos iguais aos da Europa, aliados a esplendorosa beleza natural!  A herança dessa ideia, é a existência de Castelos maravilhosos em diversas cidades. Em Banff é o Banff Springs.




Para se hospedar nele, precisa-se pagar caro. Além disso ele é localizado na "ponta" da cidade, obrigando ao uso do carro para qualquer caminhada na cidade. Mas, sem dúvida vale a visita e mesma a hospedagem, se você puder.

Para fechar a noite, um jantar no famoso Grizzly House. Pequena e charmosa casa de fondue. Optamos pelo Fondue de carne e de Lagosta! Para arrematar, um fondue de Toblerone.






Passeio 2 – Base Banff

O dia amanheceu parcialmente encoberto, mas com bastante mormaço e claridade. Aproveitamos para fazer programas dentro da cidade de Banff.

Pegamos o carro e seguimos pela Tunnel Mountain Road, que propicia a vista do Castelo do Banff Springs do alto, bem como vistas do Bow River. O passeio foi ótimo!




Já que estávamos de carro, aproveitamos para seguir direto para a Gondola de Banff, para ver a vista do alto. É muito linda a vista dali, especialmente do próprio hotel castelo.


  Descendo novamente, seguimos em direção ao Bow Falls, corredeiras que fica no Bow River. Foi bastante divertido, especialmente porque ali é possível se aventurar com os pés na água, há muita gente na água e também vários botes fazendo rafting.




Saindo de lá, fomos direto para o Cascade Gardens, que é muito bem indicado. De fato é lindo, com muitas flores coloridas e noivas fazendo book de casamento.



E para completar uma calma e gostosa tarde, após andar um pouco pela cidade, paramos para uma merecida cervejinha, curtindo a vista da cidade. 




A noite, mais um restaurante muito bem escolhido. Dessa vez optamos pelo Italiano Giorgio's e comemos uma massa e uma entrada de camarão de comer ajoelhado!





Passeio 3 – saindo de Banff para Jasper

O 3º dia de Banff nos trouxe uma dúvida. Olhando a previsão do tempo, vimos que o dia seria o mais lindo de toda a nossa permanência nas Rochosas. Além disso, vimos que a previsão para os dias seguintes era de nublado e chuvas. 

O planejado era deixar o hotel de Banff, seguindo em direção de Jasper, onde seria nossa 2ª base de 2 noites. Passaríamos por Lake Louise sem parar, já que lá seria nossa 3ª e última base. No caminho para Jasper, faríamos as atrações do Yoho National Park. 

As, percebemos que, acaso a previsão do tempo para os dias seguintes se confirmasse, os lago mais bonitos (Lake Louise e Morraine Lake) seriam vistos com chuva! Não queríamos isso.

Após muito pensar, optamos por fazer um dia corrido, juntando as principais atrações previstas para o dia (Yoho National Park), mas fazendo também os 2 lagos mais lindos, na região de Lake Louise. Estaríamos colocando esse dia bem cheio de atividades e esvaziando a programação do ultimo dia, para aproveitar o sol.

Saímos o mais cedo possível para fazer o máximo! O dia se mostrou perfeito!

Seguimos diretamente para o famoso Lake Louise. Valeu a pena aproveitar o dia de sol para curtir o visual! É um lugar de tirar o fôlego! As fotos não deixam enganar! Dessa vez, como era um dia corrido, não demos a volta no Lago (são 2 km), nem subimos a montanha para ver os lagos do alto. Mas eu já tinha feito isso numa visita anterior, então tudo bem! Quem tiver tempo, recomendo que seja feito.





Ao lado do Lake Louise tem outro hotel castelo da rede Fairmont. Mais uma vez, quem puder ficar por ali, é sempre um privilégio inesquecível. Dessa vez não fiquei nele, e, nesse dia nem olhei ele por dentro, já que o objetivo era aproveitar ao máximo o dia de sol.

Deu até pena largar aquela vista para trás, com a sensação de que nunca mais voltaria a vê-la. Mas, tínhamos que seguir em frente. Seguimos pela Icefields apreciando cada curva...


Seguimos então para o outro lago que queríamos ver com sol... Moraine Lake. Ele é alcançado por um estrada bem sinuosa, que, por isso mesmo, fica fechada quando o tempo está muito ruim e especialmente quando neva. Eu não conhecia esse lago, pois na visita anterior, apesar de ter sido no mês de abril, caiu uma neve repentina e o acesso foi fechado. Dessa vez eu não perderia por nada!


Você estaciona na parte baixa, no nível do lago, e já chama a atenção o azul vibrante de suas águas.


Logo você verá uma subida de escadinha alternada com rampa, que leva cada vez mais alto, com vista espetaculares do lago e os picos que o rodeiam. É curta e um pouco cansativo (nada demais), mas acaba sendo imperdível e demorado, pois várias fotos são tiradas a cada nível! Eu diria que vale cada passo para subir!! Em hipótese nenhuma se deve deixar de subir. Aliás, se você tiver que escolher apenas 1 passeio em toda as Rochosas, seria esse.


A vista do alto, sem a menor sombra de dúvida, compensa e muito! É o mais bonito lago de toda as Montanhas Rochosas! É algo que nem a foto consegue mostrar. O tom azul das águas brilha de tão azul e surpreende! É quase hipnotizante!


  




Seguindo com nosso passeio, partimos em direção ao Emerald Lake. Como sugere o nome, o lago possui uma tonalidade verde profunda, que é realmente um colírio para os olhos. Ao lado do Emerald Lake há um hotel e uma casa de chás. Bancos ao redor também propiciam ser um bom ponto para uma pausa, descanso e almoço. Vale a pena dar uma caminhada pelas margens e mesmo subir um pouco para poder admirar o tom da água.






De lá seguimos para o Peyto Lake, passamos pelo Waterfront Lake, que fica bem ao lado da estrada, e é belíssimo!





Seguimos em direção ao Peyto Lake, outro conhecido lago, famoso por suas águas azuis e um formato diferente, como a cabeça de um cão.

Para se ter a vista do lago, há uma trilha relativamente íngreme, considerada como moderate. É bem cansativa, mas também vale o esforço. Pessoas com problema de locomoção podem ir pelo acesso do alto.



Saindo de lá, seguimos diretamente em direção a Columbia Icefields Glacier. Você estaciona no Centro de Visitantes do Glacier e compra o ingresso para o passeio na geleira (gelo eterno).

Trata-se de um passeio feito num ônibus especial, que segue geleira Columbia adentro. Para fazer o passeio é preciso se preparar para um imenso frio, mesmo no verão. E, especialmente no verão, onde há pouca neve, é um programa bem interessante.






Acabando o passeio o dia já estava com menos luz, e então seguimos nossa viagem, finalmente em direção a Jasper. Ficamos em um hotel bem no centrinho da cidade e com isso pudemos sair para jantar e andar pela cidade à pé. 





Há opções de hospedagem, restaurantes e algumas lojinhas na cidade. Mas é infinitamente menos interessante do que a cidade de Banff.




Passeio 4 – base Jasper

A previsão do tempo indicava sol com nuvens na parte da manhã e tempo mais encoberto ao longo do dia. Por conta disso, saímos bem cedinho do hotel em Jasper, tentando ainda ver alguns lagos de espelho d' água com claridade. 
Fomos em direção ao Patricia Lake. Esse lago é maravilhoso, pois as montanhas e vegetação que o circulam, propiciam, em suas águas calmas, outro espetáculo da natureza!



Como saímos ainda antes do café da manhã, bem como há um hotel/restaurante lindo às margens do Patricia Lake, não resistimos a parar ali e tomarmos um café da manhã com essa vista maravilhosa!! Inesquecível!





Próximo destino, Mirror Lake. Como o nome indica, trata-se de mais um lago com belo espelho d'água.




Infelizmente o céu começou a ficar cada vez mais branco e sem luz. 


Partimos em direção ao Fairmont Jasper Park Lodge. Esse é outro hotel de alto luxo que pertencia a estrada de ferro canadense Canadian Pacific Railway. Ao contrário dos outros hotéis castelos, esse é mais discreto, mais rústico, combinando mais com o estilo do Jasper National Park. Mas isso não retira o luxo de suas instalações e a altíssima qualidade de seus serviços. Já me hospedei ali em outra oportunidade e posso afirmar que é uma ótima experiência.

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Dessa vez fui apenas para ver e mostrar as instalações desse hotel, que atrai muitos visitantes. Ele fica ao lado de um lindo lago chamado Beaver Lake, com águas bem verdes. 




Após curtir o hotel e verificar que o tempo não iria melhorar (ao contrário), resolvemos continuar nosso caminho em direção a um enorme lago navegável, chamado Maligne Lake. Existem fotos lindas desses lago, mas é a segunda vez que vou às Rochosas e não consigo dar a sorte de vê-lo no seu esplendor. 

Mas nas Rochosas, se o céu está ruim, existem outras coisas para nos divertir. Em especial a vida animal. 

Para chegar ao Maligne Lake, pega-se uma Scenic Drive chamada Maligne Road. Esta estrada é longa e bem selvagem, repleta de vida animal. Em toda a região, é ali que suas chances de encontrar animais é maior. Volta e meia temos que parar em algum lugar, seja para apreciar a vida animal, seja porque eles estão no meio da estrada. E isso é um barato por ali.

E uma coisa já aprendi andando por parques nacionais. Quando se vê um carro parado no acostamento, onde, teoricamente, não há nada, diminua e procure descobrir o que estão olhando. Na minha visita anterior às Rochosas, parando atrás de outro carro, descobri que eles viam um Black Bear maravilhoso e seu filhote. 




(Foto de 2001)- O mais legal é que sou eu de gorro preto, na janela do carro tirando fotos dos ursos. A foto foi tirada pelo carro de trás, que, por coincidência trabalhava no hotel onde eu estava hospedada, o Jasper Park Lodge. Quando me viu entrando no hotel, o rapaz me falou que estava no carro de trás e que havia tirado muitas fotos dos ursos (as minhas tinham ficado horríveis!). Na época não se usava máquina digital/celular, portanto ele ainda teria que revelar as fotos. Deixei meu endereço, bem como 10 dólares com ele, para pagar a revelação das cópias das fotos e o correio. Não tinha certeza se ele mandaria mas...taí...ele mandou essa e outras fotos em que apareciam urso e outros animais ao redor do meu carro! Mandamos um e-mail para o hotel elogiando a presteza e honestidade dele!

Bom, voltando a essa viagem, seguimos pela Maligne Road de olho na Wild Life. Não é que demos sorte novamente!! Estávamos seguindo, quando de repente vimos alguns carros parados no meio da estrada. Isso tinha que ser sinal de algo interessante. Quando olhei a margem da estrada, lá estava um enorme Black Bear, agarrado à uma árvore tentando pegar algo.


Obviamente parei o carro, e, como o urso estava bem entretido nas suas frutinhas, sai do carro para ver melhor. Foi quando percebi que a surpresa era ainda melhor. Tratava-se de uma fêmea com nada mais e nada menos do que 3 filhotes! Cada um mais fofo que o outro!! Difícil é segurar a vontade de chegar perto para tirar fotos. Aliás, isso é algo que deve-se tomar cuidado. Eles são perigosos, são rápidos e são fortes! Todo cuidado é pouco! Especialmente quando há filhotes, o cuidado deve ser maior, pois a mãe irá protegê-los se sentir ameaça. Nunca fique entre a mãe e os filhotes!!


Isso que minha mãe fez é loucura! Não façam!! Ela cismou que tinha que tirar uma foto com o urso, para provar que estava ali. Após muita discussão e nervoso meu na hora, acabei batendo a foto antes que ela demorasse mais ainda de costas para a mamãe urso!! NUNCA FAÇAM ISSO!!! 

Os ursos ficaram por ali algum tempo, causando um Bear Jam (engarrafamento por ursos) na estrada, pois os carros iam parando onde conseguiam. Não que alguém estivesse ligando para isso!

Momentos como esse trazem muitas emoções. Ríamos, chorávamos, tremíamos... Enfim, durante um bom tempo, nem prestamos muita atenção ao que passava em nosso caminho, ainda mexidas com a emoção do encontro. Dá pena dos carros que vem chegando na estrada, veem os carros todos parados de qualquer jeito, mas não veem mais o urso. Descobrem que chegaram minutos ou segundos depois. A decepção das pessoas é palpável e dá pena e nos faz sentirmos ainda mais abençoadas!

Após toda essa emoção, finalmente chegamos ao Maligne Lake

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Como o previsto, o lago não estava muito convidativo. Seu colorido estava prejudicado. Mas, naquele momento, nada era capaz de tirar nossa euforia. Não nos animamos a fazer o boat tour. Fizemos um lanche no Maligne Restaurant e seguimos em busca de novas vistas. 

Fomos seguindo pelas estradas, em direção a Jasper e o Jasper Lake. Apesar do tempo ruim, ainda conseguimos algumas boas fotos!




  
Dormimos novamente em Jasper. No dia seguinte, seguiríamos viagem de volta à Lake Louise.


Passeio 5 – Jasper para Lake Louise

Saímos de Jasper com nossas malas, com destino à Lake Louise. Não deixamos nenhuma mala aparente no carro, para que ficássemos mais tranquilas para aproveitar os lagos e atrações ainda próximas a Jasper ou pelo caminho.

DICA: SEMPRE que pretender fazer paradas (pit stop) entre cidades ou atrações, estando com as malas no carro, tome esse cuidado. Dê um jeito de colocar TUDO no porta malas, não deixando nada aparente. Seu carro deve parecer estar vazio. E, caso queira mexer na mala para algo, pegar um lanche que esqueceu, por exemplo, jamais abra o porta-malas na frente dos outros, para depois seguir trilha adentro. Em qualquer lugar do mundo, existe a possibilidade do carro ser arrombado. E claro que os bandidos vão preferir arrombar os carros que claramente estão cheios de malas!

Voltando ao passeio, fomos direção a Athabasca Falls, não sem antes ir procurando novas vistas e encontrando recantos maravilhosos!




Então chegamos nas Athabasca Falls. O lugar é absurdamente lindo e impressionante, em razão da força das águas e o grande volume de água. A coloração da água é causada por sedimentos das rochas que se soltam e seguem com o rio. Chamado de Milk River, em razão da brancura da água.


Para explorar todo o Cannyon e Falls, há uma trilha de subidas e descidas que usa o antigo curso de água do local! Muito legal!





Na parte baixa, ou seja, no nível do rio, há um lago onde as pessoas montam os famosos totens de pedras que vão se acumulando aos montes pelas margens do Rio. Além disso, muitas equipes saem para raftings a partir dali.




E como a estrada é sempre o destaque...

Havia um lago no meio do caminho. No meio do caminho havia um lago... e o lago se chama Waterfowl Lake.. E é lindo demais!!!



Chegando em Lake Louise, fomos direto ao lago e também visitar o Hotel Chateau Lake Louise por dentro. Como explicado anteriormente, esse seria o dia para curtir o Lake Louise e o Morraine Lake. Mas, de olho na previsão do tempo, adiantamos esses 2 lagos maravilhosos e imperdíveis no caminho de ida entre Banff e Jasper. Isso se mostrou a acertada, já que, nesse dia, de fato o tempo estava ruim.

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Com o tempo chuvoso no Lake Louise, curtimos mais o lado interno do hotel e seus luxos, aproveitando para comer e beber bem. A vista continua sendo linda, mesmo com chuva. Mas, claro que estávamos ainda mais satisfeitas, sabendo que tínhamos visto tudo no seu esplendor dias antes.





Saindo do Fairmont, seguimos para nosso próprio hotel. Não ficamos no caríssimo Chateau, mas ficamos em outro hotel Spa que também era bastante luxuoso.  Custo benefício excelente!

Ficamos no Post Hotel Lake Louise e, como a "cidade" de Lake Louise não tem muitas opções, o tempo estava ruim e já tínhamos feito as atrações próximas, aproveitamos para descansar um bocado, curtindo as instalações do hotel, como piscina e sauna. 





E aproveitamos para jantar por ali mesmo, já que tem um dos melhores restaurantes da região. E não nos decepcionamos!!


Fim de um dia que, se foi chuvoso a maior parte do tempo, foi também muito prazeroso! 

Assim que deve ser um passeio pelas Rochosas. Haver tempo de sobra para "brincar" com a programação e aproveitar bem todos os dias. Nem que para isso, o aproveitamento seja dentro de hotéis fantásticos.



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